A passagem de Almir Explosão pelo CSA não deixou saudades apenas nos torcedores. Ex-companheiros do atacante recordam com nostalgia os tempos em que atuaram juntos pelo clube.
Um deles é Peu, nada menos que campeão mundial do mundo com o Flamengo, em 1981, e também ídolo do Azulão. Criado dentro do Mutange, o ex-camisa 10 destacou as qualidades do 'Diabo Louro'.
- Joguei com o Almir, logo quando subi para o profissional, em 1977. O Almir era muito rápido, habilidoso, batia bem com as duas pernas, fazia muitos gols. E foi por isso que levou o apelido de Explosão. Quando ele colocava a bola na frente e arrancava, era quase impossível pará-lo.
Outro ídolo caseiro do CSA que lembra bem de Almir é o ex-meia Soareste. Ele definiu o atacante assim:
- Como pessoa, era uma figura muito boa, um cara tímido.... Era um cara na dele, se não provocasse, ele não se pronunciava. Como jogador, era muito veloz, tinha um arranque incrível, batia bem com os dois pés... Porém, o futebol também exige o lado físico que precisa se dedicar e abdicar de muita coisa. Mas o Almir, infelizmente, não quis pagar o preço de ser atleta.
"(O Almir Explosão) Foi um dos grandes jogadores que passaram aqui. Ele não era um atleta determinado, era um jogador de futebol, que tinha qualidade e tinha tudo pra ser um atleta. Se fosse um atleta, seria completo."
Soareste revelou ao ge uma avaliação feita pelo técnico Evaristo de Macedo sobre o Almir Explosão.
- O Paranhos (zagueiro que fez história no CSA e chegou a jogar no São Paulo) jogava no Santa Cruz e o técnico lá era o Evaristo de Macedo, que comandou o Almir lá e disse assim ao Paranhos: "Se o Almir cuidasse da parte física, seria um dos melhores pontas de lança do Brasil."