Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
A partida entre CEO e CRB B, pelo Alagoano da Segunda Divisão, foi marcada no último domingo por cenas de violência. No Estádio Edson Matias, em Olho d´Água das Flores, atletas das duas equipes iniciaram uma confusão generalizada após o término do jogo. Torcedores ficaram agitados e começaram a atirar objetos no gramado. Imagens da FAFTV mostraram ainda o fotógrafo do CEO, Henrique Martins, agredindo o jogador Rodriguinho, do CRB, com um chute nas costas.
E teve mais. Segundo nota publicada pela diretoria regatiana, o ônibus da delegação também foi apedrejado, mas ninguém se feriu.
O fotógrafo do CEO falou com o ge nesta segunda e disse estar arrependido.
- Eu estou tentando assimilar o que aconteceu. Trabalho há nove anos no futebol profissional do CEO, nunca me envolvi em confusão alguma, nunca tive nenhum histórico de confusão. É uma carreira profissional que tenho construído, tanto pelo próprio futebol, pautada pela honestidade e respeito.
Henrique explicou o que aconteceu na saída do campo.
- Eu vejo a confusão e me afasto, até porque estou de posse de um equipamento avaliado em cerca de R$ 10 mil e jamais iria entrar na confusão. Eu tô correndo, me afastando da confusão, e, quando estou no topo, alguém grita: "Olha o cara". Infelizmente, era um atleta que sobe também, eu não sei se tava se afastando da confusão, mas, num ato impensado, não sei se de defesa, eu saio da confusão. Uma atitude impensada, repugnante.... Agressão não é o que o CEO precisa.
Segundo o fotógrafo, ele conversou com a família e espera até encontrar o jogador do CRB, para se desculpar.
- Quando chego em casa, converso com os meus filhos e a minha esposa tentando entender o que houve e falando justamente isso, que foi algo impensado, no impulso. Enfim, não é disso que o futebol precisa, não é isso que o futebol quer. Eu ainda estou assimilando. Não sei como tomei e porque tomei a atitude. Não é da minha índole. Sou uma pessoa bem quista na cidade, não sou uma pessoa anônima, tenho minhas redes sociais abertas - disse Henrique, e prosseguiu:
- A gente precisa repugnar. Infelizmente, aconteceu e me resta pedir desculpas. Quero pedir desculpas ao atleta, estou disposto. Eu tava fazendo parte da imprensa, estava ali a trabalho, e quero aproveitar para pedir desculpas a categoria também.
O CRB está participando da Segunda Divisão do Campeonato Alagoano com os jovens do sub-20 para dar mais experiência a suas revelações.
Nesta segunda-feira, vice-presidente das categorias de base do Galo, Cristina Japiassú, lamentou o ocorrido no Estádio Edson Matias e disse que o clube registrou boletim de ocorrência e enviou um ofício para a Federação Alagoana de Futebol.
- Eu não estava lá, mas me passaram que após o jogo se iniciou uma discussão. O técnico separou e foram para o vestiário. Só que, quando eles estavam no vestiário, houve o apedrejamento do ônibus, mas graças a Deus não tinha ninguém dentro. Foi feito o boletim, também foi feito um ofício para a federação para que ela fique ciente. A federação disse, inclusive, que vai entrar em contato com o CEO para que pelo menos eles paguem o estrago do ônibus.
- Isso é lamentável. É uma coisa que vem ocorrendo, que cresce com naturalidade, mas na verdade isso não é normal. Essa violência não devia existir. São atletas e não inimigos.
A Federação Alagoana informou ao ge que segue aguardando a súmula do jogo para que as devidas providências sejam tomadas.
- Tudo que for colhido de informação será repassado ao Tribunal de Justiça Desportiva de Alagoas.
O Clube de Regatas Brasil vem a público repudiar mais um caso de violência no futebol. Dessa vez as vítimas foram os nossos garotos do CRB B (Sub-20), que disputam a Série B do Campeonato Alagoano.
Durante a partida deste domingo, contra o CEO, em Olho d’água das Flores, criminosos atiraram pedras no ônibus utilizado pela delegação do CRB. Felizmente nenhum atleta ou membro da comissão foi ferido, já que os mesmos estavam no vestiário no momento do ataque.
O Clube de Regatas Brasil irá tomar as medidas cabíveis. Não podemos aceitar que casos como esses continuem acontecendo. Violência não deve fazer parte do futebol.
CRB mostra vidro do ônibus apedrejado — Foto: Divulgação/CRB
Presidente do CEO, Wilque Souza deu sua versão para a confusão no Estádio Edson Matias.
- Teve uma confusão no jogo. No último lance, um atleta do CEO deu um carrinho e o atleta do CRB pisou nas costas dele. O árbitro está virando pra apitar o final do jogo, não viu. Os jogadores do CEO começaram o tumulto. Mas rapidamente, os dirigentes conseguiram separar para não haver um tumulto maior.
O dirigente admitiu que torcedores tentaram invadir o campo.
- A torcida quis invadir, outros diretores conseguiram segurar e não houve invasão ao campo de jogo. Nisso, a gente ficou apaziguando, entre atletas, a confusão não ficou generalizada.
Wilque argumentou que os torcedores ficaram nervosos por causa de erros de arbitragem.
- Porém, a torcida do CEO está muito desgastada por questões de arbitragem, muitos erros durante o campeonato, ontem tiveram dois erros cruciais, e alguns lances capitais. Durante a competição, a equipe do CEO está sendo bem prejudicada. O ônibus foi apedrejado fora do estádio, a gente não sabe de onde veio a violência. Quando a gente ouviu o primeiro estrondo, a polícia rapidamente saiu e dispersou essas pessoas. A gente não sabe dizer se foi torcedor do CEO, ou de outra torcida. Graças a Deus, os atletas do CRB não estavam dentro do ônibus no momento que as pedras foram atiradas - disse o dirigente, e prosseguiu:
- A revolta dos torcedores do CEO era contra a arbitragem, não contra o time do CRB. O CRB não tem nada a ver, foi um jogo bom de ser visto, um jogo com emoção. Até então, dentre adversários, tudo tranquilo. O que aconteceu foi um desgaste pelos constantes erros de arbitragem.
*GE