Médico do Palmeiras explica cirurgia que Paulinho fará após a Copa

De acordo com ele, o camisa 10 voltou a sentir dores apenas após retomar o processo de treinos e jogos com o restante do elenco. A ideia é que ele não passe a temporada lesionado, como aconteceu ano passado, no Atlético-MG.

– O Paulinho é um atleta que veio em condição especial, ele chegou contratado de uma equipe que ao longo do ano diagnosticou uma reação de estresse na tíbia. Constatada uma fratura por estresse e ao longo da última temporada ele jogou com muitas limitações – relatou.

– De maneira conjunta com o antigo departamento médico da equipe foi planejado fazer o tratamento ao fim da temporada. Ele foi operado por esta equipe e recebemos o atleta com 15 dias de cirurgia e já com todas as informações necessárias em relação ao que havia passado e o procedimento submetido para dar sequência ao processo de recuperação.

Durante o processo de recuperação, Paulinho demonstrou boa evolução e havia a expectativa de que pudesse retomar os trabalhos com o grupo sem limitações. Houve, contudo, uma piora no quadro.

– A cicatrização veio dentro do esperado, de três a quatro meses, e depois disso é reintroduzido trabalho até a volta ao campo. Ele foi se sentindo bem, avançando, até voltar aos jogos e treinos com a equipe com carga controlada, porque precisava respeitar uma fase inicial de controle de carga. Ele foi sendo feito. A comissão técnica, o atleta, todos cientes e conforme foi transcorrendo o período de reintrodução aos treinos e jogos, o atleta infelizmente apresentou dor – explicou.

O departamento médico do Palmeiras entendia que o incômodo poderia retornar diante da complexidade do problema. Para tentar coibi-lo, decidiu fazer o controle de carga em treinos e jogos. Ainda assim, não foi suficiente para livrar Paulinho das dores.

– Durante a preparação, conciliando os fatores, a gente conseguiu trazer para o Mundial em condição que a carga fosse controlada, com minutagem controlada para desempenhar o jogo e participar dos treinos. Infelizmente, mesmo com todo o controle, as dores persistiram. Isto desgasta, atrapalha a performance. É um atleta com projeto de longo prazo, jovem, talentoso – disse Pontin.

– Explicamos e vamos fazer um novo tratamento. Não queremos que ele passe uma temporada se desgastando, se colocando em risco para fazer outros tipos de lesão – avisou.

O médico deu detalhes do que será o procedimento, que acontecerá após a Copa do Mundo de Clubes:

– Ele basicamente é uma fixação do osso, a gente pretende usar um implante resistente o suficiente para aguentar a carga. Agrega-se a esta fixação o que chamamos de enxerto ósseo, com o material do próprio atleta. Vai dar estabilidade, o osso com maior estabilidade possível para aguentar futuramente carga de treinos e jogos a que será submetido – completou.

*GE