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Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024

Esportes

Palmeiras 'salva' clima para Libertadores com vitória no fim

Palmeiras 'salva' clima para Libertadores com vitória no fim

(Imagem: Cesar Greco/Palmeiras)

Era nítido para os que assistiam ao Choque-Rei no Allianz Parque que um empate com o São Paulo no Brasileirão traria consequências no ambiente para a decisão de quarta-feira contra o Botafogo, no mesmo Allianz, pela Conmebol Libertadores.

A tensão da torcida com o desempenho irregular do time e as reclamações contra a arbitragem de Raphael Claus, aliada à afobação da equipe de Abel Ferreira no gramado começavam a criar um ambiente pesado.

Mas o gol de Flaco López aos 56 minutos do segundo tempo garantiu a vitória por 2 a 1e "salvou" o clima para o reencontro entre Palmeiras e torcida daqui a três dias, valendo uma vaga nas quartas de final da Conmebol Libertadores.

Isso porque o êxtase da arena com a vitória praticamente no último lance transformou o ambiente. A torcida, que chegou a gritar "se o Palmeiras não ganhar, olê, olê, olá, o pau vai quebrar" após a polêmica anulação do gol de Lázaro, terminou em cantando as músicas de Libertadores.

O time, em geral frio em momentos tensos, deu demonstrações de que sentiu o momento. Abel Ferreira mudou seis jogadores em relação à partida com o Botafogo, mas a equipe no clássico estava longe de ser mista ou reserva.

O técnico abriu mão dos três zagueiros, com Marcos Rocha e Caio Paulista nas laterais, Richard Ríos e Zé Rafael repetindo a dupla de volantes do último título brasileiro, Raphael Veiga novamente na meia, próximo de Estêvão, e Lázaro com liberdade para jogar como ponta ou segundo atacante, aproximando-se de Flaco López.

Nos primeiros minutos assim, o Palmeiras tomou conta do clássico, dificultando a saída de bola do São Paulo com encaixes individuais e marcação no campo de ataque.

Palmeiras x São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Palmeiras x São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Só que o volume não se transformou em gols, e o time voltou a apresentar um problema que vai se tornando recorrente: a dificuldade em transições defensivas.

A marcação que Abel impõe funcionou nos minutos iniciais, mas gera um desgaste maior. E a partir da segunda metade do primeiro tempo, passou a acontecer mais vezes de os jogadores titubearem ao pressionar o são-paulino com a bola, abrindo clarões na defesa. Os defensores no mano a mano tiveram dificuldades, obrigando Weverton a fazer duas boas intervenções.

Ainda assim, o Palmeiras era melhor no jogo e saiu na frente no começo do segundo tempo, com Flaco López. Contra um São Paulo que tinha apenas quatro titulares desde o início, o Verdão passou a ter mais problemas quando o adversário começou a colocar nomes como Lucas Moura e Luciano.

Logo após o Verdão começar a mexer, vem o gol de empate, em um cenário também repetido. Luciano recebeu com espaço na entrada da área, Aníbal ainda tenta travar seu chute, e o atacante acerta o canto: 1 a 1 e um balde de água fria nos 35 mil palmeirenses no Allianz Parque.

A partir do empate, aos 26 minutos do segundo tempo, o Palmeiras passou a tentar o segundo gol no abafa, dando mais espaços ao São Paulo.

Abel Ferreira fez a derradeira troca aos 43 minutos, abrindo o time de vez: Rony no lugar de Richard Ríos. Foi do camisa 10 o cruzamento para Flaco López definir a vitória praticamente no último lance.

O desempenho não é de encher os olhos, mas a explosão vista entre os jogadores e torcedores ao apito final fez o Choque-Rei terminar de maneira empolgante.

Em vez de gritos de cobrança, veio a expectativa para mais uma noite Libertadores. Não é nem de longe o melhor momento do Palmeiras, mas a forma como o clássico terminou pode ser a faísca para, enfim, começar uma reação.

*GE