
Quinta-Feira, 22 de maio de 2025
Quinta-Feira, 22 de maio de 2025
O Fluminense perdeu a chance de assumir a vice-liderança do Brasileiro ao ceder o empate para o Vitória, em 1 a 1, no fim do confronto deste domingo, no Maracanã. Ao fim da partida, o técnico Renato Gaúcho mostrou indignação com a não marcação de um pênalti a favor do Fluminense.
Na jogada, Arias dispara livre em direção ao gol do Vitória mas, ao perceber a aproximação dos defensores, atrasa a passada e tenta girar com a bola. Em seguida, tem uma dividida com um dos marcadores, tem a camisa segurada e cai. O árbitro não viu intensidade para marcar pênalti.
Para enfatizar a sua contrariedade, o técnico comparou a arbitragem com o cantor de Soul Stevie Wonder, ganhador de inúmeros Grammys. O artista é cego. O árbitro da partida foi Matheus Candançan e o VAR foi Marcio Henrique de Gois.
- Quem apita os jogos hoje em dia é o VAR. Não sou contra, é uma coisa que veio para ajudar, mas pelo jeito prejudicar. Muitos do que estão lá no VAR, a CBF dá uma Ferrari para o Stevie Wonder pilotar. Essa é realidade, não é impossível o cara não enxergar um negócio dele - afirmou Renato Gaúcho.
- Ridículo o lance. Ridículo. No último jogo, eu elogiei o árbitro. Eu gostaria de chegar aqui, mesmo quando perco o jogo, elogiar a arbitragem. É inaceitável, no futebol brasileiro, o cara estar VAR para isso, com a máquina, e não ver o puxão na camisa do Arias. Só faltou ele tirar a camisa do Arias e levar para casa. No jogo, era para ter dado o pênalti. Já que o árbitro não viu, o VAR tá aí. Chego no vestiário e dizem que a CBF tem uma comissão. Um argentino, um italiano e um brasileiro. Para quê? Eles sabem da regra? Pelo visto, não. Eu sugiro a CBF a, toda semana, colocar dois ou três treinadores pra falar com a arbitragem.
Não é a primeira vez que o técnico faz esse tipo de comparação ao julgar ter havido um erro de arbitragem. Em 2023, ele voltou a citar Stevie Wonder após o jogo contra o Corinthians, em que considerou que um pênalti deveria ter sido marcado a favor do Grêmio, time que comandava à época.
Quanto ao jogo deste domingo, o treinador admitiu que recuou sua equipe quando o Fluminense ganhava o Vitória por 1 a 0 e criticou o desempenho de seus jogadores no lance que resultou no gol da equipe baiana.
- Tivemos um bom primeiro tempo. No segundo, o Vitória se soltou e nos atacou mais, mas praticamente não estava tendo mais situação de gol. Infelizmente, no finalzinho quando fechamos a casinha, coloquei mais jogadores altos por causa das bolas aéreas, num erro coletivo, tomamos um gol que a gente não pode tomar principalmente, principalmente faltando dois ou três minutos. Deixamos escapar uma vitória importante no Maracanã - analisou.
Com o resultado, a equipe de Renato ficou na terceira posição, com 10 pontos, atrás do Flamengo, segundo colocado, e do líder Palmeiras. O Fluminense volta a campo na próxima quarta-feira, para enfrentar o Únion Española, no Chile, pela Sul-Americana.
Mais sobre arbitragem:
- Um coisa é você errar, outra é você ver o lance. Você está vendo, teve o puxão. Na pior das hipóteses, chama o árbitro e deixa ele decidir. Mas o VAR não chamar o árbitro em um lance desse é demais para mim. Estava um a zero e a gente tinha uma chance grande de fazer dois a zero. Hoje, você vê os programas esportivos, 98%, 99% vão falar que foi pênalti. Como o cara que tem todos os ângulos não chamou o árbitro. Gostaria de ouvir o áudio, o que ele tem para falar. A gente fica aqui todo ano reclamando de uma coisa que não muda. Ali é escandaloso, o árbitro. Não tem ninguém na frente dele.
Fluminense pecando em matar o jogo
- A gente trabalha para isso. No futebol, quanto menos situações se der para o adversário, quanto menos problema você tiver no final da partida, melhor. Para isso você tem que matar o jogo. Nós tivemos algumas oportunidades para matar, inclusive essa claríssima do pênalti. Então é muito perigoso sempre no final do jogo você estar apenas com 1 a 0. A gente tenta de todas as formas, treina para isso, para no momento em que aparecer as oportunidades fazer os gols. Fizemos apenas um e infelizmente no final tomamos o empate, quando nos outros jogos, nos acréscimos, a gente venceu a partida. É isso que eu falo para eles, nós não vamos ter essa sorte todos os jogos de vencer nos acréscimos.
Thiago Santos de volante
- Veja bem, não é que não vai jogar mais volante, mas faltando três, quatro minutos que eu falei. Eu levantei a altura do meu time. O Martinelli pediu para sair porque já não aguentava mais, correu bastante. Eu venho controlando esse jogador em todos os jogos. No final do jogo eu o substituo justamente porque tinha um determinado momento que ele pede. Eu olhei para ele e falei: "Martinelli, tudo bem"? Fez sinal que estava cansadíssimo, então, se eu tinha jogadores para colocar, por que não vou fazer essa troca? O Thiago jogou várias vezes aí, até porque ele é um cara bom na bola aérea, e todo final do jogo a bola aérea dentro da área é um perigo, então eu levantei, faltando três, quatro minutos para terminar o jogo.
Canobbio sempre aberto
Pelo contrário, eu estou corrigindo, eu quero que ele feche. O meu atacante do lado do posto tem que fechar. Porque as vezes os jogadores de fora, eles têm as características dos treinadores estrangeiros, que eu não culpo, cada treinador tem a sua maneira de trabalhar, que gosta do extremo sempre aberto. Eu não, eu gosto que ele feche. Jogada do lado direito tem que fechar na área para fazer o gol. A mesma coisa que eu falo para o Arias. Jogada do lado esquerdo tem que fechar. São atacantes, têm que estar na área para fazer o gol. E ele saiu hoje porque o Vitória estava dando espaços, e a gente precisava de velocidade. Nós temos um gênio que joga no meio de campo, que é o Ganso, só que ele precisa de velocidade na frente. Eu coloquei o Serna no lugar dele justamente para isso, para atacar os espaços. O Vitória joga numa linha alta em cima do espaço, e coloquei o Serna justamente para ele aproveitar esse espaço para tentar matar a partida.