Revisão de rota e Paquetá recuado: como Dorival planeja mudar a Seleção

Ela passa muito por Lucas Paquetá. Sem citar diretamente o jogador do West Ham, ele lembrou da mudança de Alisson, do São Paulo, de meia ofensivo pelo lado do campo para segundo volante como exemplo de "correção de pequeno detalhe" que o ajudou a "encontrar caminho".

Como fez Tite na última Copa, Dorival avalia recuar Paquetá para jogar ao lado do primeiro volante - André foi o escolhido das últimas duas partidas. É bom lembrar que, anteriormente, Dorival sempre escalou dupla de volantes com características semelhantes na Seleção - jogaram juntos de saída como titulares André e Bruno Guimarães, João Gomes e Bruno Guimarães, Douglas Luiz e Ederson.

Depois de atuar ao lado de Casemiro na Copa e em algumas oportunidades na reta final de preparação para o Mundial do Catar, Paquetá atuou com Dorival em poucos minutos como segundo volante até agora com Dorival. Mas a mudança na lista passa também pela saída de um nome no meio de campo - quem sobrou foi João Gomes, um jogador de contenção na faixa central do campo - para o acréscimo de um jogador no ataque, de seis para sete nos 23 escolhidos de Dorival.

O Brasil enfrentará o Chile no dia 10 de outubro, em Santiago. Em seguida, no dia 15, a Seleção receberá o Peru, no Mané Garrincha, em Brasília. Os jogos são válidos pela 9ª e 10ª rodadas das eliminatórias da Copa do Mundo.

Com três reuniões do grupo de convocados para seis jogos num espaço de pouco mais de três meses - em setembro, outubro e novembro -, Dorival e a comissão técnica também vão seguir na tentativa de encurtar a distância natural dos atletas, que em sua maioria atuam na Europa.

Nesta reta final de ano, não houve viagem para observações e contatos mais próximos com os atletas, mas a equipe de Dorival Júnior vai enviar vídeos com lances de análise para seus jogadores. A ideia é que eles recebam o material e haja debate entre eles quando se apresentarem na Seleção.

Não só Paquetá que pode mudar de função com Dorival. O retorno de Raphinha traz a possibilidade do jogador do Barcelona variar a formação da Seleção. Para a comissão técnica, Raphinha pode ser utilizado em mais de uma posição e função do meio para frente - tanto num esquema com dois atacantes - ele de segundo homem -, como ele na ponta para a formação mais usada nas escalações de Dorival. O treinador privilegiou um trio no meio de campo - com dois volantes e Paquetá - e outro no ataque - na esquerda com Vinicius, Rodrygo de falso 9 ou um centroavante, com Raphinha pela direita.

Mais ainda: no Barcelona, Raphinha tem atuado muitas vezes entre os pontas e atrás do centroavante Lewandowski. Com liberdade para circular pela intermediária ofensiva, embora procure muito mais a ala direita no ataque. É uma das alternativas que Dorival vê para aumentar a criação da Seleção.

A Seleção ocupa a quinta posição e busca se recuperar na tabela de classificação. Em 2023, ainda com Fernando Diniz, o Brasil perdeu para Uruguai, Colômbia e Argentina. Este ano, sob o comando de Dorival Júnior, venceu o Equador e foi derrotado pelo Paraguai.