Quarta-Feira, 21 de maio de 2025
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Ex-meia do Azulão dá dicas para jogadas de bola parada
Um exímio cobrador de faltas do CSA analisou, a pedido do ge, o golaço de Brayann na vitória azulina contra o Grêmio, por 3 a 2, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Nesta quinta, Rommel disse que tem até uma questão matemática na batida.
- Falta muito bem batida! Pra fazer um gol de falta colocado, é preciso ter um certo cálculo, a bola não pode ser lenta, ela não pode subir muito, tem que mirar o homem certo da barreira... E tudo isso, o Brayann fez. Foi uma batida perfeita.
Rommel contou ainda como se transformou numa referência na bola parada na década de 80.
- Na minha época, quando acabava o treino, eu pegava a barreira móvel, chamava o terceiro goleiro e treinava exaustivamente. Ao final de cada treino, batia 30, 40 faltas... Cobrança de falta se aperfeiçoa com muito treino. O treinamento é fundamental.
Rommel Correia foi destaque do CSA no início da década de 1980 — Foto: Gilberto Lima / Cortesia
O ex-meio-campista também revelou estratégias que usava no momento da batida.
- Eu tinha alguns macetes. Por exemplo: quando o juiz marcava o local da falta, eu puxava a bola mais ou menos um metro pra trás. Isso porque eu sabia que a barreira ia andar e eu não perderia o espaço correto. Outra coisa que eu fazia: quando o árbitro apitava, eu, propositalmente, demorava na cobrança. Isso porque o goleiro relaxava e, nessa relaxada dele, eu pegava ele meio que sem forças pra alcançar a bola.
Rommel, que defendeu o CSA durante a Taça de Prata, no início da década de 1980, escolheu um jogo que marcou sua passagem com a camisa azulina.
- Rapaz, teve um jogo do CSA contra o Campo Grande, do Rio Janeiro. Na época, o Campo Grande era a quinta força do futebol fluminense, e nós vencemos eles aqui no Rei Pelé, por 4 a 3. Isso foi na decisão da Taça de Prata de 1982. Naquele jogo, eu fiz três gols, sendo dois de falta. Inesquecível pra mim!
Sobre a qualidade do atual camisa 10 do CSA, Rommel respondeu assim:
- É um jogador que todo clube gostaria de ter. Habilidoso, sabe colocar ótimos passes para os atacantes, dá aquela "pifada", como a gente diz no futebol, sem falar que auxilia muito bem na marcação. É um grande jogador.
Brayann foi muito elogiado por Rommel — Foto: Allan Max/ASCOM CSA
*GE/AL