Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024
Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024
A expressão dos jogadores após a partida foi emblemática. Acima tudo, a vitória por 1 a 0 sobre o Cuiabá representou alívio. Todos no clube parecem ter tirado uma tonelada das costas após colocarem fim à sequência de seis derrotas. O Vasco jogou bem? Não. O jogo valeu mais pelo resultado do que pelo desempenho. Mas foi uma equipe competitiva e concentrada. A recompensa foi o fim da agonia de quase dois meses e meio sem vitórias (72 dias). O importante nesta segunda era vencer.
Apesar da enorme pressão, o Vasco parecia mais leve. Errou muito, tomou sufoco em determinados momentos, mas entrou com mais vontade de vencer do que medo de perder, ao contrário dos últimos jogos. Talvez pela ausência da torcida ou a troca de treinador, uma vez que Barbieri estava extremamente pressionado, tenham feito a bola queimar menos nos pés dos jogadores.
Foi um Vasco menos tenso, mas ainda com muita dificuldade na criação. Alex Teixeira, recuado para função de armador, não correspondeu. Porém, foi um time mais concentrado defensivamente. Não cometeu erros infantis como vinha acontecendo e completou seu primeiro jogo sem ser vazado em 12 rodadas do Campeonato Brasileiro.
A escalação do interino William Batista surpreendeu. Ele escalou uma equipe extremamente ofensiva no papel. Sacou os volantes Zé Gabriel e Mateus Carvalho, escalou três jovens atacantes (Pec, Figueiredo e Rayan) na frente, colocou Marlon Gomes e Alex Teixeira na armação e recuou Jair para função de primeiro volante.
Uma escalação ousada, que na teoria deixaria o time exposto. E na prática também. O Vasco iniciou o jogo com um buraco no meio de campo e tomou pressão do Cuiabá. O time teve o mérito, no entanto, de se ajustar com a bola rolando, ainda no primeiro tempo, e equilibrar a partida.
Foi um jogo tecnicamente muito fraco. O Vasco não criou muitas oportunidades, assim como o Cuiabá, após a pressão inicial, não incomodou tanto. Léo e Robson foram bem e conseguiram conter o incansável Deyverson, que não parava de se movimentar em busca de espaços.
Na frente, Pec e Figueiredo deram mais mobilidade ao time, que desta vez tentou tocar mais a bola e não abusou de chuveirinhos para a área como vinha acontecendo. A equipe buscava triangulações com Piton, Marlon e Figueiredo pela esquerda e com Alex Teixeira, Puma e Gabriel Pec pela direita.
William Batista ousou na escalação e modificou bastante o time — Foto: André Durão
Em um segundo tempo morno, com poucas emoções, o gol do alívio veio em cobrança de pênalti de Jair, após Figueiredo ser derrubado na área. Depois foram 20 minutos até o apito em que o Cuiabá teve a bola, mas quase não criou, fora um chute no último lance que Léo Jardim defendeu bem.
Se o desempenho não encheu os olhos, a vitória fez o Vasco se movimentar na tabela e trouxe de volta a esperança de dias melhores. A situação no Campeonato Brasileiro ainda é muito ruim, mas o time ganhou alguns dias de paz para se planejar, se reorganizar e buscar a reação necessária para salvar a temporada.
*GE