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Sexta-Feira, 02 de maio de 2025

Geral

Projeto discute representatividade e autoafirmação por meio de jogos de tabuleiro

Projeto discute representatividade e autoafirmação por meio de jogos de tabuleiro

(Imagem: Assessoria)

Alunos da rede pública estadual de ensino terão, nesta semana, oportunidade de participar da Oficina de Afrogames & Algo a Mais. Coordenado por Fabíola Santos e Marcello Toledo, o projeto tem como objetivo discutir o aquilombamento, abordando temas como representatividade, autoafirmação e ressignificação de culturas marginalizadas.

Nessa edição, a Oficina atenderá estudantes de duas instituições de ensino:

  • no dia 10 de abril, os alunos da Escola Estadual Tarcísio de Jesus, no Trapiche da Barra; e
  • no dia 11 de abril, estudantes da Escola Estadual Professora Aurelina Palmeira de Melo, localizada no Vergel do Lago.

O objetivo principal do projeto é transmitir conhecimento através de jogos que promovem representatividade, autoafirmação e, principalmente, valorização da autoestima de pessoas negras.

Os jogos, de um modo geral, desempenham uma função essencial no desenvolvimento social, emocional e cognitivo dos seres humanos. Eles auxiliam na exteriorização de emoções, além de contribuir para o aprendizado de como lidar com desafios e problemas.

Os jogos de tabuleiro, como meio de entretenimento, existem já há milhares de anos e estão na gênese do pensamento, da descoberta e da possibilidade de experimentar, de criar e de transformar o mundo, onde se apresenta justamente o lúdico.

Ainda pouco conhecidos, os afrogames são jogos de tabuleiro modernos, que contêm temas e/ou mecânicas afrocentradas, focadas em representatividade e ancestralidade de pessoas negras. Eles estimulam, assim, ações afirmativas que valorizam a identidade da pessoa negra.

No ambiente escolar, o projeto contribui – por meio de atividades lúdicas e pedagógicas – para o atendimento à Lei nº 10.639/2003, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".

A iniciativa conta com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, do Governo de Alagoas, por meio da Política Nacional Aldir Blanc. Os resultados do projeto integrarão, também, a pesquisa acadêmica “Jogos de tabuleiro, questões sociais e ensino de sociologia”, desenvolvida no âmbito do Pibic/UFAL, para validar as estratégias pedagógicas afrocentradas.

Dos coordenadores

A Oficina de Afrogames & Algo a Mais já foi ministrada em Aracaju/SE e chega, agora, a Maceió. A iniciativa foi idealizada pelos afroempreendedores Fabíola Santos e Marcello Toledo.

Fabíola é graduanda em Dança pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), artista, produtora de eventos afrocentrados, coordenadora do corpo coreográfico Descidão dos Quilombolas, coreira e produtora do Tambor de Crioula Rosa de São Benedito/MA, além de pesquisadora das danças tradicionais brasileiras.

Licenciado em Química pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Educação ambiental pelo Senac/DF, Marcello é, atualmente, graduando em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde desenvolve o projeto de pesquisa acadêmica “Jogos de tabuleiro, questões sociais e ensino de sociologia”, desenvolvida no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/UFAL).

*Assessoria

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