Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024
Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024
O modelo de transporte rodoviário é o mais utilizado no Brasil. E, além do combustível, os pneus são essenciais para garantir a circulação dos veículos. Dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) revelam que a produção interna ultrapassa os 50 milhões de unidades. Por outro lado, estimasse que 450 mil toneladas são descartadas anualmente no país.
A Alagoas Ambiental é a única empresa do estado que recebe e beneficia pneus de forma adequada e de graça. A iniciativa contribui de forma direta para a saúde pública, pois o descarte inadequado do produto costuma gerar criadouros do mosquito Aedes Aegypti: principal transmissor da dengue, da febre chikungunya e do Zika Vírus. E no verão, o cuidado precisa ser redobrado porque o calor favorece a procriação do inseto.
O gerente operacional da empresa, Felipe Lacet, detalha como é feito o recebimento, na Usina de Beneficiamento, na cidade de Pilar, Região Metropolitana de Maceió.
“O pneu chega até nós de várias formas. Pode ser entregue pelos próprios clientes, pelos parceiros ou até mesmo ser coletado pela nossa frota. É possível firmar parcerias que garantam essa destinação e não cobramos nenhum valor para receber, independentemente da carga dessa material. E nós ainda damos um certificado de destinação adequada, em conformidade com a legislação ambiental, comprovando este ato de responsabilidade”, detalha.
Processamento Durante o processo de beneficiamento o pneu é totalmente triturado até se transformar num resíduo chamado de “chip”. A partir daí pode ser destinado para atender os mais diversos segmentos industriais, sendo transformado em grama sintética, pisos laminados, solados, tapetes automotivos, asfalto, borracha e outros. O “chip” produzido pela Alagoas Ambiental tem alto poder calorífico e normalmente é destinado para a alimentação de caldeiras de fábricas de cimento.
“Aqui nesta planta industrial temos capacidade para processar duas toneladas de pneus por hora: o equivalente a 200 pneus de carros de passeio. Até agora já processamos mais de 250 toneladas. É um número bem expressivo que muito nos orgulha, pois sabemos que isso representa geração de emprego, de renda, a continuidade da cadeia produtiva e, também, a redução do passivo ambiental, conclui Felipe.
A decomposição do pneu pode demorar até 600 anos contaminar o solo, a água e até os animais com elementos químicos liberados no período. A destinação adequada também contribui para a preservação ambiental evitando problemas como esses.
Parcerias O coordenador de marketing e trainee da Alagoas Ambiental, Tarcísio Neto, reforça que a indústria está “de portas abertas” para estabelecer parcerias com o poder público, a iniciativa privada e até pequenas empresas ou pessoas físicas que queiram contribuir com a destinação correta dos pneus.
“Quando nós estreitamos as relações toda a sociedade ganha. Nosso objetivo é continuar favorecendo a nossa própria população, fazendo com que o que era lixo e poluía se transforme em matéria-prima, geração de energia, de emprego e de renda para o nosso estado. Qualquer pessoa interessada em fortalecer essa dinâmica será muito bem atendida pelos nossos profissionais e vai ter todo a orientação necessária. Isso vale, também, para prefeituras, secretarias, empresa de pequeno ou grande porte e até mesmo para o cidadão que quer fazer a sua parte, levando o material”, afirmou.
*Assessoria