Terça-Feira, 29 de abril de 2025
Terça-Feira, 29 de abril de 2025
Operadores trabalham no pregão da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), em 10 de abril de 2025 (Imagem: REUTERS/Jeenah Moon)
As bolsas de Nova York operam em queda nesta quinta-feira (10), depois de registrarem suas maiores altas em anos no dia anterior.
Nesta quarta (9), os mercados reagiram à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir para 10% as "tarifas recíprocas" sobre importações de todos os países, com exceção da China, por um período de 90 dias. (leia mais abaixo)
O recuo do tarifaço mudou completamente o humor dos investidores. Os principais índices de Wall Street, que vinham operando no campo negativo com a perspectiva de desaceleração da economia global, dispararam. O Nasdaq avançou 12%, seu melhor dia desde 2001.
Nesta quinta, porém, após o salto recorde, os investidores agem cautelosos por causa das inúmeras tarifas adicionais que permanecem em vigor.
Também em reação à "pausa" nas tarifas, as bolsas europeias operam em alta nesta quinta. Elas haviam fechado em queda na véspera porque o pregão terminou antes que os investidores pudessem repercutir o anúncio de Trump.
A mesma dinâmica foi vista no mercado asiático. Depois de despencarem no dia anterior, nesta quinta, as bolsas fecharam em alta. No Brasil, o Ibovespa opera em queda e o dólar em alta.
Veja o desempenho das principais bolsas americanas por volta das 13h30:
Veja o desempenho das principais bolsas da Europa:
Veja o desempenho das principais bolsas asiáticas:
Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!
Trump eleva tarifas contra a China para 125% — Foto: Truth Social/Reprodução
Trump também afirmou na tarde desta quarta-feira (9) que aumentará para 125% a tarifa sobre a importação de produtos da China. A medida tem efeito imediato.
A decisão é mais um episódio da nova disputa comercial entre EUA e China, iniciada pelo tarifaço de Trump. No último dia 2 de abril, o norte-americano anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. De lá para cá, houve retaliações de parte a parte, subindo tarifas de importação.
Os EUA haviam imposto uma taxa de 104% aos produtos chineses, que entraria em vigor nesta quarta. Em resposta, o Ministério das Finanças da China anunciou que subiria tarifas para 84% sobre os produtos americanos. (saiba mais abaixo)
"Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu Trump em sua rede social.
O republicano disse esperar que, "em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis".
"Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato", escreveu Trump.
O republicano afirmou que a decisão teve como base o fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos EUA, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR (agência do governo para o comércio exterior), para negociar uma solução ao tarifaço.
"Esses países não retaliaram de forma alguma contra os EUA", acrescentou.
Entenda como a tarifa sobre a China chegou a 125%: