Segunda-Feira, 11 de agosto de 2025
Segunda-Feira, 11 de agosto de 2025
Israel lançou operação no dia 13 de junho com o objetivo de pôr um fim no programa nuclear do Irã. Desde então, países trocam ataques, enquanto EUA avaliam entrar no conflito.
Em um dia marcado pela continuação dos ataques aéreos entre Irã e Israel e uma reunião que terminou sem consenso entre Teerã e europeus, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a expansão do conflito poderá "acender um fogo que ninguém pode controlar" e pediu a ambos os lados e potenciais participantes para "darem uma chance à paz".
As agressões dhegam ao nono dia neste sábado (21), sem sinais de desescalada entre as duas partes.
Guterres disse na sexta (20) que houve "momentos em que as direções tomadas moldarão não apenas o destino das nações, mas potencialmente nosso futuro coletivo".
"Este é um momento e tanto", disse ele.
Ele afirmou que não se deve permitir que o conflito se expanda.
"Para as partes em conflito, as potenciais partes em conflito e para o Conselho de Segurança, como representante da comunidade internacional, tenho uma mensagem simples e clara: deem uma chance à paz", disse Guterres.
Enquanto isso, o chefe da agência de vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, alertou que ataques a instalações nucleares poderiam resultar em "liberações radioativas com grandes consequências dentro e fora das fronteiras" do estado atacado e pediu máxima contenção.
Saiba o que está por trás do conflito:
▶️ Contexto: A ofensiva começou na sexta-feira (13) e já deixou mais de 240 mortos e milhares de feridos, segundo balanços oficiais. Instituições independentes afirmam que o número real pode ser ainda maior.
☢️ O centro da disputa é o programa nuclear iraniano. Israel alega que o regime de Teerã está próximo de obter uma bomba atômica. Por isso, o governo de Benjamin Netanyahu diz que precisa neutralizar o que considera uma ameaça à existência de Israel.
O governo iraniano prometeu retaliações mais severas e afirmou que Israel "pagará um preço alto". Enquanto isso, os Estados Unidos avaliam uma participação direta no conflito.
Confira mais detalhes sobre as ações de Israel e do Irã nos últimos dias:
▶️ Israel anunciou a operação "Leão em Ascensão", lançando uma série de ataques aéreos contra cidades do Irã. O objetivo, segundo o governo, é impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear.
"Daqui a gerações, a história mostrará que nos mantivemos firmes, agimos a tempo e garantimos nosso futuro comum", afirmou o premiê.
▶️ Horas depois, o Irã prometeu vingança e lançou uma operação de retaliação contra Israel. Dezenas de mísseis foram disparados contra grandes cidades israelenses.
"A nação iraniana não permitirá que o sangue de seus valiosos mártires fique sem vingança, nem ignorará a violação de seu espaço aéreo", declarou o aiatolá.
O primeiro balanço das autoridades dos dois países indicou que 78 pessoas morreram e 320 ficaram feridas no Irã. Do lado israelense, 44 ficaram feridas. A grande maioria das vítimas é civil, segundo os governos.
? A troca de ataques levantou preocupações ao redor do mundo sobre o risco de uma guerra em grande escala no Oriente Médio. O Brasil, por exemplo, condenou o ataque de Israel e pediu que as partes envolvidas encerrassem as hostilidades.
▶️ Israel intensificou os ataques contra o Irã, mirando setores estratégicos do país. Mais de 150 alvos foram atingidos, segundo os militares.
“Vamos atingir cada local e cada alvo do regime dos aiatolás, e o que eles sentiram até agora não é nada comparado ao que receberão nos próximos dias.”
▶️ O Irã continuou atacando Israel, lançando mísseis balísticos e drones contra o país. A imprensa local relatou que moradores de diversas regiões passaram a noite com medo.
▶️ Israel e Irã lançaram novos ataques, provocando vítimas em ambos os países. Autoridades dos dois lados orientaram que civis buscassem proteção.
▶️ O Irã afirmou que não está aberto a negociar um cessar-fogo enquanto estiver sob ataque.
“Os iranianos já mataram algum americano? Não. Até que isso aconteça, nem sequer estamos falando em atingir a liderança política”, disse uma autoridade dos EUA sob condição de anonimato.
Até então, desde o início do conflito, 10 pessoas foram mortas em Israel e 224 no Irã, segundo autoridades dos dois países. Centenas de civis ficaram feridos.
*G1