Quinta-Feira, 31 de outubro de 2024
Quinta-Feira, 31 de outubro de 2024
Apesar dos apelos da comunidade internacional pelo fim da troca de ataques entre Israel e o Irã, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o país tem uma liberdade de ação sem precedentes durante discurso para novos oficiais das Forças Armadas nesta quinta-feira (31).
"Israel hoje tem mais liberdade de ação no Irã do que nunca. Podemos chegar a qualquer lugar no Irã conforme necessário. O objetivo supremo que dei às Forças de Defesa de Israel e aos ramos de segurança é impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear. Impedir que o Irã tenha armas nucleares é máxima prioridade", afirmou.
Israel lançou três ondas de ataques aéreos contra o Irã na madrugada de sábado (26), pelo horário local — noite de sexta-feira (25), no Brasil. Várias explosões foram ouvidas na capital, Teerã.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conduziram um "ataque preciso e direcionado" contra estruturas militares. Entre os alvos estava uma fábrica de mísseis.
Enviado do Irã na ONU discursa no Conselho de Segurança, em 28 de outubro de 2024 — Foto: ONU
Na segunda-feira (28), o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid, disse que o país irá responder ao ataque de Israel "no momento que escolher". Em tom de ameaça, o iraniano afirmou que os Estados Unidos são cúmplices e "arcarão com as consequências".
"Os Estados Unidos justificam as violações e atrocidades de Israel, chamando-as de autodefesa", disse. "O governo dos Estados Unidos é cúmplice na agressão israelense e vai arcar com as consequências."
Mais cedo, na segunda, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã garantiu que o país vai usar todas as ferramentas disponíveis para responder o ataque israelense.
Além disso, o governo iraniano minimizou a operação militar de Israel, afirmando que o bombardeio causou "danos limitados".
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que o Irã pode sofrer graves consequências se atacar Israel. A diplomata disse que os norte-americanos não hesitarão em agir em legítima defesa.
Logo após o ataque, os Estados Unidos negaram envolvimento direto no bombardeio e disseram que a ação de Israel era um "exercício de autodefesa".
*G1