Quarta-Feira, 13 de agosto de 2025
Quarta-Feira, 13 de agosto de 2025
O projeto de lei negado visava a dissolução do Parlamento, o que forçaria a convocação de novas eleições.
O Knesset, Parlamento de Israel, votou contra a moção que poderia significar o fim do governo de Benjamin Netanyahu nesta quarta-feira (11), segundo a agência de notícias AFP. O projeto de lei negado visava a dissolução do Parlamento, o que forçaria a convocação de novas eleições.
A votação foi rejeitada com 61 parlamentares votando contra e 53 a favor, segundo a Reuters. A Knesset é composta por 120 cadeiras, e eram necessários 61 votos para que a moção fosse aprovada.
Este foi o maior teste do governo de Netanyahu no Parlamento desde o início da guerra contra o Hamas.
Antes da votação ocorrer, havia a expectativa de que os partidos ultraortodoxos, principais aliados de Netanyahu, poderiam votar a favor do projeto.
Os partidos Shas e Judaísmo Unido da Torá (JUT), as duas siglas ultraortoxas que fazem parte da coalizão de governo de Netanyahu, ameaçaram apoiar a votação do projeto da oposição. Apesar de fortes aliados, os dois partidos se irritaram com o primeiro-ministro por ele não ter barrado uma lei isentando cidadãos ultraortodoxos de cumprirem o serviço militar.
Com a guerra de Israel, as alas mais moderadas do governo começaram a defender derrubar a isenção, que nos últimos anos já vinha dividindo a população do país, onde todos os jovens são obrigados a servir ao Exército.
O Likud, partido de Netanyahu, começou então a incentivar a aprovação de uma lei obrigando cidadãos ultraortodoxos a se alistarem ao Exército e determinando sanções para quem se negar, o que provocou a ira do Shas e do JUD.
Na terça-feira, os principais rabinos ultraortodoxos, ou haredi, emitiram um decreto religioso enfatizando sua posição contra o serviço militar.
Judeus ultraortodoxos protestam em rua de Jerusalém contra proposta do governo para derrubar lei que isenta o grupo de servir ao Exército, em 26 de fevereiro de 2024. — Foto: Ronen Zvulun/ Reuters