Quinta-Feira, 31 de outubro de 2024
Quinta-Feira, 31 de outubro de 2024
A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos traria riscos "inaceitáveis", afirmou o jornal britânico "The Economist", que anunciou apoiar Kamala Harris na eleição.
O jornal disse que, a poucos dias da eleição, marcada para 5 de novembro, enxerga o argumento de que "Trump fez mais bem que mal" durante seu primeiro mandato como "perigosamente complacente". Segundo o The Economist, Trump representa riscos a diversas áreas, como a Economia dos EUA, ao Estado de direito e a paz internacional.
"Os Estados Unidos podem, sim, passar mais quatro anos com Trump, como passaram por outras presidências de homens falhos de ambos os partidos. O país pode até prosperar. Mas eleitores que afirmam ser pragmáticos estão ignorando o risco extremo de uma presidência de Trump. Ao fazer de Trump o líder do mundo livre, os americanos estariam apostando com a economia, o Estado de direito e a paz internacional. Não podemos quantificar a probabilidade de algo dar muito errado: ninguém pode. Mas acreditamos que os eleitores que minimizam esse risco estão se iludindo", afirmou o editorial.
Trump afirmou na quarta (30) que as eleições estão sendo alvo de "fraudes" em "em uma escala nunca vista" e insinuou que pode se recusar a reconhecer uma possível derrota. Tal atitude do republicano causa preocupação, porque quando ele não reconheceu sua derrota para Joe Biden no pleito de 2020, seus apoiadores invadiram o Capitólio.
Especialistas também alertam que Trump representa uma ameaça à paz internacional, porque desde o início da campanha Trump diz que as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza não teriam acontecido se ele fosse presidente, e fez declarações inflamatórias sobre rivais dos EUA, como o Irã, a Coreia do Norte e a China.
Na reta final das eleições, diversos jornais influentes estão declarando apoio à Kamala Harris ou a Donald Trump. O "The New York Times" declarou apoio à democrata em editorial publicado no final de setembro. No caso do "The Washington Post", seu dono Jeff Bezos impôs que o veículo não apoiaria nem um nem outro.
*G1