Quinta-Feira, 31 de outubro de 2024
Quinta-Feira, 31 de outubro de 2024
Começou nesta quinta-feira (31) o júri popular dos acusados de envolvimento na morte do auditor fiscal João de Assis, ocorrida em 2022. O julgamento acontece no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió. Serão ouvidas 34 testemunhas, começando pelas de acusação. Os réus devem ser ouvidos no período da tarde, juntamente com as testemunhas de defesa. Não há previsão para o término do julgamento.
A acusação se baseia em crime triplamente qualificado, com motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime aconteceu quando o auditor realizava uma inspeção em um depósito de bebidas no Tabuleiro dos Martins. Após ser brutalmente assassinado, o corpo da vítima foi carbonizado. Cinco pessoas sentam no banco dos réus, sendo quatro da mesma família. São eles:
Maria Selma e o filho João Marcos são acusados de suporte moral aos executores para que lograssem êxito no plano criminoso.
Os irmãos Ronaldo e Ricardo, além de Vinicius, constam nos autos como os que torturaram João de Assis, causando-lhe sérias lesões, culminando a violência em sua execução. Os cinco foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, além dos crimes conexos de fraude processual, corrupção de menor e ocultação de cadáver.
João Assis Pinto Neto foi assassinado em Maceió no dia 26 de agosto — Foto: Reprodução TV Gazeta
João de Assis Pinto Neto estava prestes a completar 63 anos quando foi assassinado. Ele era natural do estado de Minas Gerais, mas há pelos menos 20 anos trabalhava em Alagoas.
Casado, pai de um casal de filhos, sendo um deles um tenente da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL), o auditor fiscal da Receita Estadual ingressou na Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas (Sefaz) em 2002, por meio de concurso público.
João de Assis era um homem religioso, que realizava ações sociais, como distribuição de alimentos e visita a presídios. De personalidade calma, era voltado sempre para ações em benefício dos mais necessitados.
Admirado por seus colegas de profissão, João de Assis era tido como um profissional de reputação ilibada, altamente comprometido com seu trabalho, cumpridor dos seus deveres e, com a legislação, além de uma pessoa extremamente tranquila e centrada em seu trabalho.
Segundo o Presidente da Associação do Fisco de Alagoas – ASFAL, Gustavo Calheiros, João de Assis gozava de alta credibilidade em meio aos colegas, visto como sério e zeloso em suas atividades, jamais se envolveu em qualquer ato que estivesse fora da legislação, durante os seus vinte anos de relevantes serviços prestados ao Estado de Alagoas.