Terça-Feira, 23 de dezembro de 2025
Terça-Feira, 23 de dezembro de 2025
Oposição afirmou que abriria pedido de impeachment após jornal noticiar que ministro teria procurado o presidente do Banco Central para interceder pelo Banco Master
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou em nota à imprensa nesta terça-feira (23) que a reunião que teve com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foi para discutir as consequências da aplicação da Lei Magnitsky contra ele.
Segundo o ministro, também foram feitas reuniões individuais com o presidente jurídico do Banco Itaú e com a presidente do Banco do Brasil, além de um encontro coletivo com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú para debater o tema.
"Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito", afirmou.
A nota foi divulgada após o jornal O Globo noticiar que Moraes teria procurado Galípolo para interceder pelo Banco Master junto ao Banco Central em pelo menos 4 ocasiões. A informação foi confirmada pela CNN Brasil. O ministro não cita o banco na nota.
Na semana passada, o veículo também revelou que o escritório de advocacia da esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, firmou contrato de R$ 129 milhões com o Master, prevendo pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões entre 2024 e 2027.
Na segunda-feira (22), a oposição afirmou que apresentaria um novo pedido de impeachment contra o ministro e articulariam uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Leia a nota de Moraes na íntegra:
"O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnistiky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú. Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito."
*CNN Brasil