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Terça-Feira, 14 de janeiro de 2025

Justiça

MP de Alagoas emite parecer para que estado garanta tratamento hormonal para pessoas trans

MP de Alagoas emite parecer para que estado garanta tratamento hormonal para pessoas trans

(Imagem: Assessoria )

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) emitiu parecer, recentemente, dentro de uma ação civil pública ajuizada pela Defensoria Pública do Estado (DPE) no intuito de garantir o fornecimento dos medicamentos necessários para pessoas LGBTQIAPN+ que estão em processo de transição hormonal. Pacientes em tratamento estavam sem acesso aos hormônios desde o ano passado, o que colocou a vida de cada um deles em risco.

No documento apresentado pela 28ª Promotoria de Justiça da capital, o MPAL sustentou que os pacientes em processo de transição hormonal precisam dos medicamentos como forma de garantir a sua saúde, direito que lhes é assegurado constitucionalmente. Esses fármacos são necessários ao tratamento porque as substâncias contidas neles oferecem menos riscos cardiovasculares e de consequências hipertensas, diabéticas e cancerígenas enquanto duram as mudanças no organismo.

Segundo a 28ª Promotoria de Justiça da capital, o próprio estado já havia reconhecido a obrigação de manter o processo de transição hormonal, tratamento que é ofertado na Clínica da Família Dr. João Fireman, ligado a Rede de Atenção Especializada no processo transexualizador. Com a confissão do poder público, o Judiciário chegou a proferir decisão, mas, os hormônios ainda não tinham sido adquiridos na sua totalidade. “De mais a mais, o direito à saúde perseguido nos autos é constitucionalmente assegurado, corolário do direito à vida, devendo ser resguardado pelo estado”, diz um trecho do parecer.

Reunião para discutir a temática

Na semana, a 61ª Promotoria de Justiça da capital, que atua na defesa dos direitos humanos, reuniu-se com representantes da comunidade LGBTQIAPN+ e da Secretaria de Estado da Saúde para discutir a falta de medicamentos. Na ocasião, a Sesau informou que um dos hormônios, a testosterona, havia chegado e começaria a ser distribuído. Já sobre os medicamentos femininos em falta, o estado recebeu prazo de 10 dias para apresentar um resolução para o problema.

*Redação com Dicom MP/AL