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Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024

Maceió

Ministério Público de Alagoas realiza audiência pública sobre atendimento de pessoas com TEA pela Unimed Maceió

Ministério Público de Alagoas realiza audiência pública sobre atendimento de pessoas com TEA pela Unimed Maceió

(Imagem: Assessoria )

Na manhã desta sexta-feira (20), no auditório do prédio-sede do Ministério Público de Alagoas (MPAL), foi realizada uma audiência pública para discutir os atendimentos prestados pela operadora de saúde Unimed Maceió a pessoas com Transtorno do Espectro Autista. O encontro foi marcado pela participação ativa de pais e responsáveis de pacientes com TEA, que compartilharam suas experiências e dificuldades enfrentadas no acesso aos serviços.

O promotor de Justiça Max Martins abriu a audiência com uma breve explanação sobre o contexto da reunião, destacando a importância do momento como uma oportunidade de escuta. “Este é um espaço dedicado a ouvir as demandas e esclarecer a problemática que envolve os atendimentos. Precisamos entender melhor o que está acontecendo e encontrar soluções que garantam a continuidade e a qualidade dos serviços”, afirmou o promotor.

Os relatos apresentados pelos pais evidenciaram problemas como a interrupção ou limitação de terapias, demora na autorização de procedimentos, além da falta de profissionais especializados em transtornos do desenvolvimento. Muitos também denunciaram a falta de clareza nas informações repassadas pela operadora sobre a cobertura dos tratamentos.

Encerrada a audiência, o MPAL emitiu despacho determinando que a Unimed, no prazo máximo de cinco dias, forneça informações detalhadas sobre o número de vagas disponíveis nos três “Espaços TEU” da operadora, além do estudo de viabilidade técnica que embasou a criação dessas unidades. A operadora também deverá especificar quantos clientes com diagnóstico de TEA já são atendidos pela rede.

Além disso, foi requisitada a apresentação das qualificações e certificações dos profissionais responsáveis pelos atendimentos, que deverão estar de acordo com os critérios da ABA, seguindo as diretrizes da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC) e do Conselho de Análise do Comportamento Aplicado (CASP).

O despacho foi emitido com caráter de urgência, e as intimações foram realizadas em audiência. O MPAL continuará monitorando o desenrolar da situação e promoverá novas ações para garantir a efetividade dos direitos dos pacientes.

*Ascom MPAL