Sábado, 23 de novembro de 2024
Sábado, 23 de novembro de 2024
Em meio a uma sequência de dias muito quentes, secos e sem quase nenhuma nuvem no céu, as cores do pôr do sol têm se destacado em diversas capitais pelo país. Apesar de ser ótimo cenário para fotos, o fenômeno está diretamente associado com a poluição.
Além disso, o bloqueio atmosférico que tem provocado a onda de calor duradoura que atua sobre o país também contribui para essa condição.
Isso porque, segundo a Climatempo, com a estabilidade da massa de ar seco, a poluição fica presa nas camadas mais baixas da atmosfera.
As partículas em suspensão contribuem para a alta concentração de poluentes, alteram a coloração do céu e espalham a luz do espectro alaranjado.
“A cor alaranjada e avermelhada está relacionada com a interação da luz com os poluentes que ficam concentrados na camada baixa da atmosfera, mais próxima da superfície”, explicou Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, em entrevista ao g1.
A principal explicação para esse show de cores é que as partículas de poeira facilitam a dispersão da cor azul e favorecem o destaque de outras cores no céu, como os tons alaranjados.
Além de alterar as cores do pôr do sol, a alta concentração de poluentes pode modificar também a cor da Lua. A mudança é reflexo da poluição e dos incêndios, que se multiplicam com o tempo mais seco.
Assim, quanto mais poluído o ar, mais vermelho é o tom da Lua. E quanto mais ao horizonte a Lua se encontrar, mais vermelha vai parecer, por conta do reflexo da luz nas partículas de poluição.
Mas o excesso de poluição também pode prejudicar a visibilidade, tanto do Sol quanto da Lua. A camada espessa de poluentes rouba o brilho e a intensidade do nascer do Sol.
Vista do pôr do sol em São Paulo no final de agosto. — Foto: Erika Inoue/Myphoto Press/Estadão Conteúdo
É o que aconteceu nas cidades que amanheceram encobertas pela fumaça das queimadas nas últimas semanas, por exemplo.
Ainda que proporcionem belas cores no pôr do sol, o tempo seco e a poluição podem causar diversos problemas respiratórios.
Em dias com níveis preocupantes de baixa umidade do ar por causa da onda de calor, são recomendados os seguintes cuidados:
Apesar da expectativa da onda de calor ser prolongar, com temperaturas elevadas até meados da segunda quinzena do próximo mês, algumas regiões podem ter um alívio bem breve no calor a partir dessa quinta.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) todos os estados do Sul, sudoeste de São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul podem ter quedas de até 5ºC nas temperaturas entre quinta (5) e sexta (6).
As capitais do Sul são as que devem registrar as menores marcas. Em Porto Alegre, a mínima deve cair para 7°C na sexta. O mesmo está previsto para Curitiba.
?️Há previsão de geada para regiões do sudoeste do Rio Grande do Sul, com temperatura mínima de até 3°C e risco leve de perda de plantãções.
No Sudeste, as temperaturas devem cair também na sexta-feira. No Rio de Janeiro, a máxima não passa dos 25°C e, em São Paulo, dos 24°C.
Os meteorologistas lembram que o refresco será realmente momentâneo. Já no sábado (7) as temperaturas voltam a subir nessas regiões.