Quinta-Feira, 21 de novembro de 2024
Quinta-Feira, 21 de novembro de 2024
Mais cedo, explosões foram registradas nos arredores do aeroporto de Beirute. O governo do Líbano responsabilizou Israel pelo bombardeio. Ataques também aconteceram nos subúrbios da capital libanesa.
Segundo a agência Axios, o alvo do ataque seria Hashem Safi al-Din, considerado sucessor de Hassan Nasrallah como chefe do Hezbollah. Ainda não se sabe se ele foi atingido pelas explosões. Já Nasrallah foi morto no dia 27 de setembro.
A operação próxima ao aeroporto levantou dúvidas sobre a segurança da área para a realização de pousos e decolagens em Beirute. Durante o ataque de sexta-feira, um avião comercial pousou pouco antes das explosões.
Em entrevista antes do ataque, o chanceler Mauro Vieira afirmou que a retirada de brasileiros poderia ser adiada, "se houver algum episódio que não permita a aterrissagem". Até a publicação desta reportagem, o Itamaraty e a FAB não comentaram possíveis mudanças na operação.
O Brasil planeja enviar para o Líbano uma aeronave KC-30, que deve repatriar 220 brasileiros. O avião está posicionado em Lisboa e aguarda as tratativas internacionais para viajar até Beirute.
Outros países estão adotando estratégias semelhantes ou, até mesmo, já iniciaram operações de retirada de cidadãos do Líbano. Veja alguns exemplos a seguir:
Bombardeios de Israel no subúrbio de Beirute, Líbano — Foto: AFP
Israel disse que está fazendo uma operação militar contra o grupo extremista Hezbollah. Embora tenha atuação política no Líbano, a organização possui um braço armado com forte influência no país. Além disso, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e é aliado dos terroristas do Hamas.
Os extremistas têm bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade aos terroristas do Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:
Em duas semanas, ataques israelenses em todo o território libanês provocaram 1,9 mil mortes. Somente nesta quinta-feira, 37 pessoas foram mortas e 151 se feriram em ataques, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano.
Veja onde fica o Líbano — Foto: Arte/g1