Domingo, 24 de novembro de 2024
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A morte de Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, foi confirmada após análises genéticas dos corpos encontrados no local do acidente aéreo, afirmam autoridades russas.
O Grupo Wagner, de Prigozhin, é um exército de mercenários que atuou na invasão à Ucrânia.
Na quarta-feira (23), um jato executivo vinculado ao grupo mercenário caiu na cidade de Tver, ao norte de Moscou. Na ocasião, Agência Federal Russa de Transporte Aéreo informou que Prigozhin estava entre os passageiros.
As 10 pessoas que estavam na aeronave morreram, de acordo com a investigação. Além de Prigozhin, também estava a bordo Dmitry Utkin, outro comandante do grupo paramilitar.
Após o acidente, a mídia russa noticiou que Prigozhin e Utkin teriam participado de um encontro com oficiais do Ministério de Defesa da Rússia antes de o avião decolar.
Com as especulações internacionais, o governo russo negou que o líder mercenário teria sido morto sob suas ordens e que essa teoria era uma "mentira absoluta".
Morre Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, grupo usado por Putin na guerra na Ucrânia. — Foto: Reuters
Prigozhin, de 62 anos, lidera um exército particular que atuou em diversas guerras, inclusive na atual invasão do território ucraniano pela Rússia. Linha auxiliar das forças russas, o Wagner, inicialmente, era um grupo formado por combatentes experientes. No entanto, a guerra foi se prolongando e Prigozhin começou a recrutar pessoas sem treinamento, especialmente detentos das prisões russas. O grupo liderou o ataque à cidade de Bakhmut, a batalha mais longa e sangrenta da guerra da Ucrânia até agora.
Em junho, no entanto, o Wagner entrou em campanha para destituir o ministro de Defesa russo, num desentendimento que se intensificou após Prigozhin acusar o governo russo de promover um ataque contra acampamentos da organização.
Os integrantes do Wagner chegaram a assumir o controle da cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e derrubaram vários helicópteros militares russos. Os mercenários chegaram a avançar em direção a Moscou, ação considerada "traição" pelo presidente Vladimir Putin.
A revolta terminou com um acordo no qual o governo russo afirmou que, para evitar derramamento de sangue, Prigozhin e alguns de seus combatentes deveriam seguir em direção a Belarus. Se isso ocorresse, o líder não seria processado por rebelião armada.
Na segunda-feira (21), Prighozin publicou no Telegram um vídeo em que ele aparecia na África. Foi o primeiro vídeo que divulgado por ele desde que ocorreram os desentendimentos com o exército russo.
*G1