Domingo, 24 de novembro de 2024
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A empresa de turismo espacial Virgin Galactic pretende fazer nesta quinta-feira (29), por volta das 12h (horário de Brasília), seu primeiro voo comercial ao espaço. Integrantes da Força Aérea Italiana e do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália farão um experimento sobre microgravidade.
A missão Galactic 01 é o início de uma nova etapa na Virgin Galactic, que realizou um voo suborbital em 2021 com o bilionário Richard Branson, dono da marca. A empresa já tem outra viagem marcada para agosto e, depois disso, planeja levar turistas ao espaço todos os meses.
Confira abaixo as principais informações sobre a missão.
A primeira missão comercial da Virgin Galactic terá fins científicos. Batizada de Galactic 01, a viagem levará três integrantes da Força Aérea Italiana e do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, que vão conduzir uma pesquisa sobre microgravidade durante o voo.
A empresa ainda não detalhou a segunda missão comercial, prevista para agosto e chamada de Galactic 02.
Nave da Virgin Galactic durante a Unity 24, missão de teste realizada em abril de 2023 — Foto: Divulgação/Virgin Galactic
A missão contará com quatro passageiros e dois pilotos. Veja quem são eles:
Outras duas pessoas estarão na VMS Eve, o "porta-aviões" que voa até uma altitude determinada e, depois, se desacopla da nave em que estão os passageiros. Na VMS Eve, estarão Kelly Latime, que será a comandante, e Jameel Janjua, o piloto.
A Virgin Galactic não revelou quanto cobrou para realizar os dois voos, mas, em novembro de 2021, a empresa começou a vender passagens por US$ 450 mil (cerca de R$ 2 milhões, na cotação de 15 de junho de 2023).
Os clientes tinham que fazer um depósito inicial de US$ 150 mil e concluir o pagamento antes do voo.
Antes disso, de 2005 a 2013, a companhia vendeu 600 passagens mais "baratas" – entre US$ 200 mil e US$ 250 mil (entre R$ 960 mil e R$ 1,2 milhão).
Os dois voos serão suborbitais, isto é, não vão ultrapassar a atmosfera terrestre. Na viagem feita por Branson, a aeronave alcançou 89 quilômetros de altitude, pouco acima dos 80 quilômetros que os Estados Unidos usam para definir o "início" do espaço.
Os voos da Blue Origin, empresa do bilionário Jeff Bezos, também são suborbitais, mas superam 100 quilômetros acima do nível do mar, na chamada Linha de Kárman. Esta é a definição de "início" do espaço para organizações como a Federação Aeronáutica Internacional.
No voo suborbital, a nave sobe até um ponto máximo e depois volta ao solo. Por alguns instantes, os passageiros têm a sensação de gravidade zero. Esse tipo de voo costuma durar poucos minutos – a missão com Branson, por exemplo, levou cerca de 20 minutos.
Já o voo orbital, como os que são realizados pela SpaceX, a nave chega à órbita da Terra e, até voltar para o solo, permanece por um tempo em uma trajetória circular em volta do planeta.
Em vez de um foguete, a empresa faz suas missões com um avião: é o modelo SpaceShip Two, que foi chamado de VSS Unity na missão com Branson. Ele é transportado até certa ponto pelo "porta-aviões" VMS Eve. Depois, os motores do avião são ligados, e ele se desacopla para completar o voo sozinho.
No voo de Branson, o avião se soltou a uma altitude de 15 quilômetros e, então, completou o trajeto ao extremo da atmosfera.
As diferenças entre as naves de turismo espacial da SpaceX, da Blue Origin e da Virgin Galactic — Foto: Arte/g1
A nave da Virgin Galactic — Foto: Arte/g1
Interior do avião espacial da Virgin Galactic. — Foto: Divulgação/Virgin Galactic
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