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Sul e evangélicos ajudam a estancar queda de Lula, diz diretor da Quaest

Sul e evangélicos ajudam a estancar queda de Lula, diz diretor da Quaest

(Imagem: Ricardo Stuckert / PR)

O desempenho entre os eleitorados evangélico e do Sul do país ajudaram a estancar a queda na avaliação de Lula (PT), segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes.

Nesta quarta-feira (8), a Quaest divulgou um levantamento que aponta que 50% dos eleitores aprovam o trabalho de Lula e 47% desaprovam, uma oscilação dentro da margem de erro em relação ao levantamento anterior (51% e 46%, respectivamente). O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, ouviu 2.045 pessoas, em 120 municípios, entre os dias 2 e 6 de maio.

Como a margem de erro é de 2,2 percentuais para mais ou para menos, os números indicam empate técnico entre aprovação e desaprovação. É a primeira vez e que isso acontece desde fevereiro de 2023, início do terceiro governo do petista.

Segundo Felipe Nunes, os números mostram que o governo conseguiu parar a queda na avaliação. Em agosto de 2023, Lula tinha 60% de aprovação e 35% de reprovação (veja no infográfico abaixo).

"A aprovação parou de cair, muito porque [a avaliação de Lula] parou de piorar no Sul e entre os evangélicos. As pessoas ainda têm uma percepção negativa da economia, acham que Lula não está entregando o que prometeu", afirma Nunes.
 

Entre os evangélicos, 58% aprovam e 39% desaprovam Lula. Na última pesquisa, em fevereiro, os percentuais eram de 62% e 35%, respectivamente. Como a margem de erro é de 4 pontos nesse segmento, não é possível dizer que a avaliação melhorou, mas que parou de piorar, como vinha acontecendo desde agosto, quando a aprovação era de 50% e reprovação, de 46%.

O mesmo acontece com os eleitores do Sul. A pesquisa atual apontou que 52% desaprovam e 47% aprovam o trabalho do presidente. Em agosto, 59% aprovavam e 38% desaprovavam (veja abaixo).

Nunes afirma que não é possível dizer se a mudança decorre da resposta do governo federal às inundações no Rio Grande do Sul.

"Mas, dá para especular que, obviamente, esse evento de grandes proporções terá efeito sobre a imagem e percepção que as pessoas têm sobre o governo", afirma o diretor da Quaest.

Governo ainda não foi capaz de mudar o humor do eleitorado, diz Nunes

 

O diretor da Quaest ressalta que o governo Lula " não foi capaz de mudar o humor do eleitorado", e que a desaprovação de Lula se estabilizou num patamar alto.

Para Nunes, um dos fatores que ajudam a explicar esse número é que a percepção das pessoas sobre a economia.

"A gente está vendo no Brasil também dados positivos da economia, [porém], o patamar de onde parte para essa melhora ainda não é suficiente para gerar uma sensação de melhora. No caso americano, fala-se muito do histórico inflacionário. A verdade é que a inflação se controlou nos últimos tempos, mas em um patamar tão alto, que o que se comprava há cinco [ou] oito anos atrás, não se compra mais hoje. No caso brasileiro, isso me parece ser muito parecido, a gente tem um controle nos últimos meses e anos, em relação à inflação, mas a gente tem um histórico de tantos anos negativo, que esse poder de compra real está abalado".
 

A pesquisa aponta, por exemplo, que 43% das pessoas acreditam que o desemprego aumentou nos últimos 12 meses e 32%, que diminuiu. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entretanto, a taxa de desemprego recuou de 7,9% no 4º trimestre de 2022 para 7,4% no 4º trimestre de 2023.

*G1