Quinta-Feira, 31 de outubro de 2024
Quinta-Feira, 31 de outubro de 2024
Uma adolescente de 17 anos foi apreendida em Penedo, no interior de Alagoas, durante uma investigação da Polícia Civil nesta quarta-feira (15). Ao ser abordada, ela apresentou documento falso e contradições sobre sua cidade de origem, mas acabou revelando que trabalha como garota de programa em um bar da cidade, que virou alvo de investigação por possível prostituição infantil.
Os policiais da 7ª Delegacia Regional de Polícia (7ªDRP) chegaram até a adolescente quando investigavam um crime homicídio, ocorrido na cidade na segunda-feira (13). A equipe estava colhendo informações quando entrou no bar e solicitou a documentação de todas as pessoas que estavam no local e que seriam ouvidas como possíveis testemunhas do crime.
A menor alegou que não possuía RG nem CPF. Ela então apresentou uma certidão de nascimento falsa de uma mulher de Sergipe, que há meses é dada como desaparecida. Os agentes desconfiaram e perguntaram sua cidade de origem. A adolescente respondeu que "era de Caruaru, cidade de Sergipe", ao invés de Pernambuco, onde fica o município.
Ao perceber o conflito de informações, o delegado Rômulo Andrade conduziu a adolescente para o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Penedo, e lá ela revelou sua verdadeira identidade. A polícia então descobriu que a jovem estava sendo procurada pela família desde dezembro de 2022, quando saiu de casa e desapareceu.
Ao ser ouvida, a adolescente disse que trabalha no bar como garota de programa e que já havia trabalhado em outro estabelecimento na cidade de Arapiraca, também se prostituindo.
A jovem foi autuada por ato infracional análogo ao crime de uso de documento falso e liberada após a chegada de seus familiares. Ela vai responder pelo ato em liberdade.
O delegado intimou a administração do bar para prestar esclarecimentos. Se forem comprovadas as evidências, o responsável pelo local irá responder a um processo criminal pela prática de prostituição infantil.
A polícia levantou ainda que o bar não possui alvará de funcionamento. O Ministério Público, o Conselho Tutelar e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) foram acionados e acompanham o procedimento.
*Redação com G1