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Quarta-Feira, 30 de outubro de 2024

Polícia

Polícia Científica revela uso de cocaína por mãe acusada de matar filha em Rio Largo

Polícia Científica revela uso de cocaína por mãe acusada de matar filha em Rio Largo

(Imagem: Ascom Polícia Científica)

O Instituto de Criminalística de Maceió, da Polícia Científica de Alagoas, divulgou nesta terça-feira (30) o resultado do exame toxicológico de Thamiris Oliveira Braga. A mulher de 35 anos foi presa em flagrante acusada de matar a própria filha, Laura Maria Nascimento Braga, de apenas 7 anos de idade.

O exame revelou a presença de metabolitos da cocaína no sangue e na urina de Thamiris, indicando o uso da droga antes do crime. O resultado da análise toxicológica foi anunciado pelo chefe do Laboratório de Química e Toxicologia, perito criminal Thalmanny Goulart, responsável pelo exame.

Ele explicou que foram analisadas amostras de sangue e urina coletadas no Instituto Médico Legal Estácio de Lima, três dias após o crime, quando a acusada já se encontrava custodiada após ser presa em flagrante. O material foi analisado através da técnica de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas.

“Foi identificado no sangue a presença de cocaína e um produto do seu metabolismo que é a benzoilecgonina. A análise também detectou a presença desse mesmo metabólito na urina. Considerando que Thamiris estava custodiada, mesmo a coleta tendo sido realizada três dias após o fato imputado a ela, foi possível detectar a presença da cocaína e um dos seus produtos de metabolismo, visto que a Polícia Científica dispõe de um equipamento de alta sensibilidade capaz de detectar essas substancias”, afirmou o perito criminal.

Thalmanny Goulart confirmou ainda que foi encontrada também a substância lidocaína, um anestésico local, comumente presente na cocaína como adulterante, por esse motivo, pode inferir que a lidocaína encontrada é oriunda também do consumo da cocaína. Estudos mostram que a mistura do entorpecente com o fármaco provoca efeitos graves decorrentes de alterações no sistema nervoso central.

Laura Maria foi atingida por golpes de arma branca na casa da família em Rio Largo no dia 6 de julho. Familiares e vizinhos escutaram os pedidos de socorro da criança, mas quando eles conseguiram entrar no imóvel, já encontraram a menina ferida. Ela chegou a ser socorrida para um hospital da cidade, onde entrou óbito.

No IML de Maceió, o exame cadavérico realizado pelo perito médico-legista Joelson Rodrigues confirmou que Laura Maria foi vítima de choque hemorrágico. A necropsia constatou lesões perfuro-cortantes nas regiões cervical, torácica e da cabeça e equimoses provocadas por lesões contusas na região da face, cabeça, pescoço e no flanco esquerdo do corpo da menina.

Os peritos criminais Yuri Atayde e Marina Lacerda Mazanek, responsáveis pela perícia de local no dia crime, explicaram que estiveram no hospital onde o corpo da criança estava e na casa onde aconteceu o infanticídio. Mesmo com a cena do crime alterada, devido à necessidade de tentar salvar a vítima, eles encontraram sangue em todos os cômodos, com maior concentração de sangue no banheiro e na cama da menina.

Todos os laudos periciais, oriundos dos exames realizados pelos Institutos da Polícia Científica de Alagoas, foram encaminhados para a Delegacia de Homicídios de Rio Largo, responsável pelo inquérito policial. A resposta conclusiva e rápida com resultados precisos e confiáveis do Laboratório do IC tem sido fundamental para a solução de diversos delitos, como neste crime de infanticídio.

*Ascom Polícia Científica