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Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Política

Assédio Eleitoral: Usina Porto Rico obriga funcionários a comparecem a convenção de Henrique Tenório em Campo Alegre

Assédio Eleitoral: Usina Porto Rico obriga funcionários a comparecem a convenção de Henrique Tenório em Campo Alegre

(Imagem: Reprodução)

Após ter sido condenada em 2022 a pagar R$ 2 milhões pela prática de assédio eleitoral, além de multas de R$ 2 mil individuais aos trabalhadores prejudicados, a Usina Porto Rico volta em 2024 a ser alvo de denúncias de prática de crimes em ano de eleição. A empresa é situada em Campo Alegre, no Agreste de Alagoas.

Isto porque documentos, prints de tela e áudios de Whatsapp, já encaminhados ao Ministério Público do Estado de Alagoas (MP), apontam que membros da direção e de gerências da empresa estariam obrigando funcionários, inclusive terceirizados e prestadores de serviço, a comparecem à convenção partidária do candidato Henrique Tenório (MDB).

Nas provas coletadas pelo Ministério Público, membros da gestão da Usina Porto Rico como Pedro da Jega, responsável pelos transportes, e Manoel, responsável pela irrigação, estão “liberando” os trabalhadores do serviço com a obrigação de baterem ponto na convenção de Henrique Tenório. Quem não comparecer e desrespeitar a ordem será demitido da empresa, inclusive com ameaças de justa causa.

A convenção do MDB na cidade acontece na próxima quarta-feira (31), e o clima na empresa seria de medo pelas ameaças e perseguições aos trabalhadores e funcionários. A meta da Usina seria levar o máximo possível de pessoas ao local da convenção, dando a falsa ideia de apoio popular ao candidato Henrique Tenório, um dos herdeiros da Porto Rico.

Quem se recusa a confirmar presença no evento tem sido alvo de retaliações como a de não pagamento por serviços prestados, atraso nos salários e até demissões. O caso registrado nesta eleição de 2024 seria semelhante à prática criminosa de 2022, que levou o Ministério Público do Trabalho (MPT) a impetrar ação civil pública contra a Usina Porto Rico.

“Essa conduta intimida, constrange, coage, admoesta e ameaça a totalidade dos empregados da empresa ré quanto a suas escolhas políticas, em evidente prejuízo aos seus direitos fundamentais à intimidade, igualdade e liberdade política, sendo conduta de especial gravidade”, disse à época da condenação a ação do procurador.

*Cada Minuto/ Coluna Labafero