Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
O líder do Governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta 5ª feira (21.set.2023) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o cabeça dos atos extremistas e de uma suposta tentativa de golpe. Citou informações da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo.
“Nós temos todos os elementos da tentativa do golpe”, disse o líder do Governo. Entre os elementos citados por Randolfe estão “militantes do golpe, que disseminaram o terror”, financiadores do acampamento no Quartel General do Exército, e ações desde o fim das eleições até o 8 de Janeiro, como a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal.
“Só faltava uma coisa: o cabeça do golpe. As notícias de hoje revelam quem era o cabeça do golpe. O senhor Jair Messias Bolsonaro”, disse Randolfe.
Segundo reportagens do jornal O Globo e do portal de notícias UOL, Bolsonaro teve uma reunião em 2022, depois do 2º turno das eleições, com a cúpula das Forças Armadas para discutir uma minuta sobre intervenção militar.
Também segundo as publicações, Cid teria dito que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria concordado com o plano golpista.
“Era a cereja do bolo golpista que estava faltando”, disse Randolfe. “[Bolsonaro] tentou claramente dar um golpe de Estado. Inclusive com uma minuta de golpe para que ele viesse a ser concretizado”.
A minuta levada para a reunião supostamente citada na delação de Cid teria sido apresentada por um advogado constitucionalista e por Felipe Martins, ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência.
Segundo o UOL, Cid relatou que Bolsonaro mostrava sinais favoráveis a planos golpistas, mas nunca autorizou colocar uma das diretrizes em prática.
“Só não concretizou devido à posição, que deve ser saudada, constitucional de setores das Forças Armadas que foram coerentes com os compromissos que fizeram, não ao presidente da República, mas à Constituição”, disse Randolfe.