Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
O Ministério das Relações Exteriores emitiu nota neste sábado (7) em que condena os ataques do grupo terrorista Hamas no território de Israel, a partir da Faixa de Gaza.
Segundo o governo, não havia notícia de vítimas da comunidade brasileira em Israel e na Palestina até as 10h deste sábado.
No texto (veja íntegra abaixo), o Itamaraty também "expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel".
O Brasil, membro rotativo, preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas até o fim de outubro. O governo informou que convocará reunião de emergência do órgão.
Mapa mostra conflito em Israel — Foto: Arte/g1
A TV Globo apurou que o encontro foi agendado para este domingo (8), às 16h (horário de Brasília).
Em uma rede social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escreveu que o Brasil "não poupará esforços" para evitar a escalada do conflito no Oriente Médio entre israelenses e palestinos.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), escreveu em uma rede social que "a guerra não é a solução para conflitos políticos ou de qualquer natureza".
"O ataque do Hamas a Israel é inaceitável e cria mais um foco de tensão mundial. Devemos todos, inclusive o estado brasileiro, buscar o fim das hostilidades e o entendimento político. O caminho é o da paz", seguiu Lira.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também publicou mensagem em rede social.
"É urgente que a comunidade internacional propugne esforços em favor da paz entre israelenses e palestinos, no sentido de evitar a escalada da violência no Oriente Médio. Não podemos fechar os olhos para a violação de princípios fundamentais. E nada justifica o uso da violência. Em nome do Congresso Nacional, expresso condolências aos familiares das vítimas, e reafirmo o meu desejo pelo fim do conflito e a busca por uma solução justa, pacífica e duradoura para a região", escreveu.
O movimento islâmico armado Hamas bombardeou Israel na manhã deste sábado (7), pelo horário local, em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.
Os ataques aconteceram principalmente na parte sul do país. Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”.
O grupo Hamas reivindicou o ataque e afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território.
Segundo os serviços de emergência, até as 13h deste sábado (no horário de Brasília) ao menos 298 pessoas tinham morrido. O número incluía 100 óbitos em Israel e 198 na Faixa de Gaza, a partir da retaliação israelense. Havia, ainda, outros milhares de feridos.
Leia abaixo a íntegra do comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores:
O Governo brasileiro condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza, provocando a morte de ao menos 20 cidadãos israelenses, além de mais de 500 feridos. Expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel.
Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação.
Não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.
O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina.
Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão.
O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz.
*G1