Terça-Feira, 01 de abril de 2025
Terça-Feira, 01 de abril de 2025
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (28) que o Brasil não é problema para os Estados Unidos. Durante agenda em Jaguariúna, no interior de São Paulo, o político comentou a expectativa de novo anúncio de Donald Trump para 2 de abril com aumento de tarifas sobre automóveis, chips, madeira, entre outros produtos e itens. Alckmin defendeu que o Estado brasileiro não esteja nessa lista.
Alckmin relatou as conversas de integrantes do governo brasileiro com a gestão de Trump. “Colocamos nossa posição e pedimos diálogo. E vamos aguardar o 2 de abril. Penso que o Brasil deveria estar fora de qualquer tributação, porque, na realidade, os Estados Unidos têm grande superávit com o Brasil”, disse o presidente em exercício.
“Nós entendemos que o Brasil não é problema para os Estados Unidos. Dos 10 produtos que mais exportam, 8 não têm imposto. Houve aumento de 25% para alumínio e aço, mas foi para o mundo inteiro. Eu acho que nós deveríamos fazer o inverso. Aproveitar novas oportunidades para complementariedade econômica. Brasil tem 200 anos de amizade e parceria com os Estados Unidos”, acrescentou.
Em 24 de março, Trump afirmou que poderia conceder várias pausas em tarifas para diversos países, mas adiantou que vai anunciar sobretaxas adicionais. E esse novo anúncio deve atingir setores como automóveis, madeira e chips. O presidente dos EUA deve penalizar as nações que mantém negócios com a Venezuela de Nicolás Maduro.
Parceiros comerciais dos Estados Unidos estudam aplicar tarifas em resposta ao anúncio de Donald Trump, de que vai taxar os carros importados ao país. De acordo com as projeções do governo, a tarifa de 25% sobre carros, autopeças e caminhões leves importados vai injetar o equivalente a mais de R$ 5 trilhões na economia americana.
Já a indústria automotiva prevê que a medida deva aumentar o preço dos automóveis em 10%. Entre os maiores fornecedores no setor estão México, Canadá, Japão, Coreia do Sul e Alemanha. Juntos, os países respondem por 75% das importações americanas de veículos.
Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil vai recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio). “É colocar em prática a lei da reciprocidade. Não dá para a gente ficar quieto, achando que só eles têm razão e que só eles podem taxar outros produtos”, disse em coletiva de imprensa no encerramento da visita ao Japão.
*R7