Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
A Câmara dos Deputados manteve nesta 4ª feira (10.abr.2024), por 277 votos a favor e 129 votos contra, a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco (Psol-RJ). Eram necessário 257 votos favoráveis. A margem apertada era esperada pelos Psolistas, segundo apuração do Poder360.
A Casa Baixa formou maioria no plenário para manter o congressista preso, em concordância com o relator Darci de Matos (PSD-SC). Mais cedo, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania) da Câmara deu parecer favorável ao relatório, com 39 votos a favor da permanência da prisão, 25 contrários e 1 abstenção.
O Poder360 apurou que houve divergência entre governistas e o Psol, partido da ex-vereadora do Rio Marielle Franco, sobre a melhor estratégia para conseguir a manutenção da prisão de Brazão.
Enquanto o governo estimava que fosse mais fácil vencer com menos deputados votando, o Psol apostava que um quorum maior daria mais chances de vitória. Durante a semana, levantou-se a hipótese de que os deputados do Centrão não comparecessem à plenária.
O Psol passou a tarde desta 4ª (10.abr) costurando acordos com as lideranças partidárias. Por volta das 16h, depois do fim da reunião da CCJ, o partido estimava que 302 deputados votassem a favor da prisão de Brazão. O Poder360 apurou que a reunião entre a líder da sigla, Érika Hilton (Psol-SP), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não teve acordo.
Outros deputados do Psol tentaram apoio de siglas como União Brasil, PP e Republicanos. O máximo que os esquerdistas conseguiram foi a liberação das bancadas – quando os líderes permitem que os congressistas votem conforme suas convicções pessoais.
Momentos antes da votação, circulava uma lista de 270 deputados que votariam a favor da detenção de Brazão, segundo apuração deste jornal digital.