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Sexta-Feira, 22 de novembro de 2024

Política

Carreira pública: Vagas abertas pelo governo para concursos são recorde em 10 anos

Carreira pública: Vagas abertas pelo governo para concursos são recorde em 10 anos

(Imagem: lil_foot/Pixabay)

Com o anúncio feito pelo Ministério da Gestão e Inovação para a realização de novos concursos públicos na sexta-feira (16), o país atingiu a maior quantidade de novas vagas criadas dos últimos dez anos.

Ao todo, o governo já anunciou 5.880 novas vagas permanentes para serviço público federal neste ano. Desse total, 4.436 foram anunciados na sexta. A expectativa é que o impacto orçamentário anual seja de R$ 735 milhões.

Em 2013, no governo Dilma Rousseff (PT), foram criadas, durante todo o ano, 7.746 novos cargos.

"No governo anterior comemoraram essa queda do quadro de pessoal como se fosse um ganho de gestão, quanto na verdade é muitas vezes uma precarização do serviço", afirmou a ministra Esther Dweck.

Durante os quatro anos de gestão de Jair Bolsonaro, o Brasil abriu 6.196 novas vagas permanentes em concursos públicos.

Logo que assumiu a vaga de ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que o objetivo do governo do ex-presidente era "travar" os concursos públicos

"Grande notícia: 50% do funcionalismo público se aposenta nos próximos cinco anos. A primeira coisa, concursos públicos. Trava esse negócio aí. Quero saber por que precisa, tem que ver os atributos", declarou o ministro à época.

Vagas de concursos

 

Veja as vagas permanentes autorizadas nos últimos 10 anos:

  • 2023: 5.880
  • 2022: 1.699
  • 2021: 1.188
  • 2020: 3.000
  • 2019: 309
  • 2018: 1.011
  • 2017: 1.015
  • 2016: 595
  • 2015: 1.994
  • 2014: 3.378
  • 2013: 7.746
 
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Vagas temporárias

 

Por outro lado, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro foi o que mais contratou servidores temporários nos últimos anos. Foram 683.668 contratações. O governo Lula contratou 8.141.

Um dos motivos é o planejamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para realizar o censo demográfico. A previsão inicial era que o levantamento fosse realizado entre o final de 2019 e o começo de 2020, mas com a chegada da pandemia, o censo foi suspenso.

Com isso, o antigo ministério da Economia teve que reprogramar o Censo para 2021. O IBGE contratou 207 mil pessoas para realizarem as pesquisas domiciliares no começo do ano, mas por falta de orçamento, o censo foi suspenso no primeiro semestre.

No segundo semestre do mesmo ano, o governo federal autorizou verba extra de R$ 2 bilhões para a realização do Censo e outras 207 mil pessoas foram recontratadas.

Vagas temporárias criadas nos últimos dez anos:

  • 2023: 8.141
  • 2022: 0
  • 2021: 421.488
  • 2020: 27.120
  • 2019: 235.060
  • 2018: 0
  • 2017: 0
  • 2016: 276
  • 2015: 0
  • 2014: 0
  • 2013: 0
 
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