Aguarde. Carregando informações.
MENU

Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024

Política

CCJ da Câmara pode votar nesta terça pacote de propostas para restringir poder do STF

CCJ da Câmara pode votar nesta terça pacote de propostas para restringir poder do STF

(Imagem: Gustavo Moreno/STF)

CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira (10) um conjunto de propostas que visam restringir os poderes do STF (Supremo Tribunal Federal). A pauta contempla duas propostas de emenda à Constituição: a PEC nº 28/2024 e a PEC nº 8/2021. Além delas, a comissão analisa dois projetos de lei que pretendem impactar a atuação do STF.

 

A PEC nº 28/2024 autoriza o Congresso Nacional a revogar decisões do STF, enquanto a PEC nº 8/2021 restringe a capacidade dos ministros do STF e de outros tribunais superiores de tomar decisões monocráticas, ou seja, ordens individuais sem a participação de todo o colegiado.

Na pauta da CCJ, também estão o projeto de lei 4754/2016 — que propõe que ministros do STF possam ser acusados de crime de responsabilidade caso suas decisões invadam as competências dos Poderes Legislativo ou Executivo —, e o projeto de lei 658/2022 — que busca proibir os ministros da corte de se pronunciarem sobre assuntos que sejam de competência exclusiva de outros Poderes.

A votação das propostas havia sido adiada em dia 27 de agosto, após a aprovação de pedidos de vista que concederam mais tempo para análise. Naquele momento, parlamentares da base governista argumentaram que a comissão precisava de mais tempo para avaliar a constitucionalidade das propostas e criticaram a inclusão dos projetos na pauta, sugerindo que a votação se tratava de uma retaliação ao STF.

O prazo para pedidos de vista das propostas, contudo, expirou, o que significa que não é mais possível adiar a votação das propostas. A única forma de evitar a análise dos temas é se a discussão não for concluída antes do início da ordem do dia do plenário da Câmara.

Resposta ao Supremo

Essas propostas foram reativadas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em resposta à decisão do STF de suspender o repasse de emendas parlamentares impositivas (de pagamento obrigatório pelo governo federal), sob a alegação de que faltam critérios de transparência e rastreabilidade.

A presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni (PL-SC), designou os deputados Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Filipe Barros (PL-PR) para relatar as PECs nº 28/2024 e nº 8/2021, respectivamente. Para os projetos de lei, os relatores são Alfredo Gaspar (União-AL) e Gilson Marques (Novo-SC).

Luiz Philippe de Orleans e Bragança afirmou que a proposta busca um “aprimoramento do sistema de freios e contrapesos” e garantiu que a matéria é “plenamente constitucional”. Em seu relatório, ele destacou que a PEC mantém as funções típicas dos Poderes e a autonomia de cada um, sem promover a subordinação.

*R7