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Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Política

Em entrevista, presidente Lula diz que Putin não será preso se vier ao Brasil

Em entrevista, presidente Lula diz que Putin não será preso se vier ao Brasil

(Imagem: Adriano Machado/REUTERS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o líder russo Vladimir Putin não será preso se vier ao Brasil. A afirmação foi feita durante entrevista ao canal indiano "Firstpost", neste sábado (9).

Lula está na Índia para a cúpula do G20. O Brasil assumirá a liderança do grupo a partir de dezembro. Apesar de a Rússia fazer parte do G20, o presidente russo não participou do encontro.

Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra Putin por crimes de guerra. Por ser signatário do acordo que criou o tribunal, o Brasil deveria cumprir os mandados caso o presidente russo viesse ao país.

Ao ser questionado se Putin seria chamado para participar da reunião do G20 no Brasil, Lula confirmou que o presidente russo receberá o convite.

"Eu acho que o Putin pode ir tranquilamente para o Brasil. Eu posso lhe dizer, se eu for o presidente do Brasil e ele for ao Brasil, não há por que ele ser preso", afirmou.

"Ninguém vai desrespeitar o Brasil, porque tentar prender ele no Brasil é desrespeitar o Brasil. É preciso as pessoas levarem muito a sério isso", continuou.

Lula lembrou que a próxima reunião do G20 acontecerá na Rússia. O petista disse que irá ao país para participar do encontro.

Ainda durante a entrevista, o presidente brasileiro afirmou que a Rússia invadiu a Ucrânia sem consultar ninguém e que o Brasil "é 100% contra a invasão da integridade territorial de qualquer país".

Lula disse ainda que a guerra não é a solução e que o Brasil deseja participar dos esforços para a paz.

Comunicado citou guerra

Durante a cúpula do G20, os líderes que integram o bloco aproveitaram para criticar invasões territoriais e lamentaram o impacto da guerra na Ucrânia.

No comunicado final da cúpula, o grupo deixou claro que "o uso ou ameaça de uso de armas nucleares é inadmissível”, fazendo referência à atuação da Rússia no conflito.

“Em linha com a Carta das Nações Unidas, todos os Estados devem abster-se da ameaça do uso da força ou de buscar a aquisição territorial contra a integridade territorial e a soberania ou a independência política de qualquer Estado. O uso ou ameaça de uso de armas nucleares é inadmissível”, diz o comunicado.

A afirmação foi vista como surpresa, uma vez que havia dúvidas sobre uma manifestação em conjunto do grupo sobre a guerra, já que existem divergências dentro do G20 sobre o conflito na Ucrânia.

*G1