Sábado, 30 de novembro de 2024
Sábado, 30 de novembro de 2024
A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 foi oficialmente publicada em edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (23). O presidente Lula (PT) vetou R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão, mantendo o montante de R$ 11 bilhões.
Lula sancionou todo o texto aprovado pelo Congresso Nacional, com exceção de trechos que atingem parte das emendas de comissão. A receita total estimada nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social é de R$ 5,4 trilhões. Veja detalhes mais abaixo.
O veto nas emendas de comissão havia sido adiantado ainda na segunda-feira (22) pelo blog do Gerson Camarotti. Depois, o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), confirmou a informação.
No Diário Oficial, o governo justificou o veto devido à redução de dotações de despesas primárias que haviam sido programas pelo Poder Executivo durante a tramitação do Orçamento no Congresso Nacional.
Segundo o governo, parte dos recursos que haviam sido programados pelo Executivo acabou sendo direcionado para emendas de comissão permanente do Senado, da Câmara e da comissão mista permanente do Congresso Nacional.
"Em que pese a boa intenção do legislador no sentido de direcionar recursos a áreas de legítimo interesse das comissões autoras das emendas, e diante da redução supracitada, ficam comprometidas programações relevantes que demandam recomposição, mesmo que parcial, sendo necessário o veto de parte das dotações relativas às emendas", justificou.
Pelo texto aprovado no Congresso Nacional, as emendas ocupariam até R$ 16 bilhões do Orçamento de 2024.
O veto que atinge as emendas de comissão será analisado pelo Congresso, podendo ser mantido ou derrubaod.
Conhecidas como RP8, essas emendas são direcionadas pelas comissões permanentes da Câmara e do Senado. Elas não são impositivas, ou seja, não existe reserva de recursos no Orçamento para o pagamento delas. Por isso, não costumam ser totalmente executadas.
Durante as negociações sobre o texto, no fim do ano passado, os parlamentares tentaram impor um calendário de pagamento para as emendas de comissão o que, na prática, tornaria obrigatória a execução delas.
A medida, no entanto, foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.
O texto da LOA aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023 prevê um superávit de R$ 3,5 bilhões, que vai de encontro com a meta fiscal de déficit zero estabelecida pela LDO.
Pela regra aprovada pelo arcabouço fiscal, a meta será considerada cumprida se o resultado primário estiver dentro de um intervalo de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos.
Além disso, foram aprovados R$ 4,96 bilhões para o Fundo Eleitoral. O valor, que vai financiar as campanhas nas eleições municipais, é igual ao das eleições de 2022. O governo tinha proposto uma dotação menor, de R$ 940 milhões.
O Congresso também aprovou o total de R$ 73,2 bilhões para investimentos federais.
De acordo com a LOA, o valor total de despesas previstos para 2024 é de R$ 5,4 trilhões. Deste total:
As despesas do Orçamento Fiscal são aqueles referentes aos Poderes da União, fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, com exceção da Seguridade Social e dos investimentos das estatais não dependentes.
Já as despesas do Orçamento da Seguridade Social compreendem os gastos em ações de saúde, previdência e assistência social de órgãos e entidades da administração direta ou indireta, incluindo fundos mantidos pelo poder público.
Veja, a seguir, as despesas previstas por órgão nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.
Lula sanciona Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
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