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Política

Lula diz que PF não persegue ninguém e garante combater crime organizado

Lula diz que PF não persegue ninguém e garante combater crime organizado

(Imagem: Ricardo Stuckert/ PR )

Na cerimônia de posse de Ricardo Lewandowski como ministro da Justiça e Segurança Pública nesta quinta-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou o novo titular da pasta, disse que a Polícia Federal não persegue ninguém e prometeu combate ao crime organizado, inclusive com a colaboração de outros países.

“A única coisa que eu quero que tenha certeza é que estou indicando para ser ministro da Justiça um homem que eu respeito, que tenho 100% de confiança, e tenho certeza que você vai, como Flávio Dino, passar para a história na criação do funcionamento, normatizando a atividade do Ministério da Justiça. Ninguém persegue ninguém. A Polícia Federal não persegue ninguém”, afirmou Lula.

“O governo federal não quer se meter a intrometer a fazer a política de segurança nos estados. O que nós queremos é construir com os governadores a parceria necessária para que a gente possa ajudar a combater um crime, que eu não chamo de coisa pequena”, completou.

Lewandowski diz que combate ao crime organizado será prioridade de sua gestão

Lewandowski diz que combate ao crime organizado será prioridade de sua gestão

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Durante seu discurso, o presidente voltou a falar que o crime organizado é uma indústria multinacional. “Se a gente quiser pegar do futebol ao poder judiciário, a classe política e a classe empresarial, o crime organizado está metido e comunado com gente nos Estados Unidos, na França, na Suécia, na Holanda, ou seja, é uma multinacional com muito poder. Não apenas o teu trabalho de ajudar a combater [a criminalidade] aqui [no Brasil], mas o trabalho de construir com outros países o enfrentamento a uma indústria do crime, de roubo do dinheiro público e de sofrimento da população mais pobre.”

O novo ministro disse que para combater o crime organizado será necessário aprofundar as alianças com estados e municípios, que são responsáveis pela segurança pública em suas áreas. Segundo ele, o governo vai aprofundar o "esforço de centralização de dados de inteligência", com informações junto a instituições como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, as Forças Armadas, as polícias Civil e Militar dos estados e também guardas municipais, agentes penitenciários e o Ministério Público.

O petista destacou que não daria “palpite” na escolha dos nomes da equipe de Lewandowski na Justiça, mas que “pode mudar, discutindo com o ministro” e deu recado: “Porque a partir da montagem da equipe, é você que vai responder pela glória dos acertos e pelo sofrimento dos erros que cometer.”

Lewandowski escolheu o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto como secretário-executivo do Ministério da Justiça. O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, deve assumir a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança). A chefia de gabinete da pasta vai ficar sob o comando de Ana Maria Neves, que o acompanha desde a época em que ele atuava como ministro do STF.

Ainda há diversos cargos a serem preenchidos, mas são exemplos de postos que não devem sofrer alteração é de Andrei Rodrigues como diretor-geral da Polícia Federal (PF) e de Antonio Fernando Oliveira como diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

*R7