Domingo, 24 de novembro de 2024
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o negacionismo de parte de deputados e senadores, incluindo integrantes da frente ampla que forma o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inviabilizou a manutenção da estrutura inicial do ministério.
Em 1º de junho, o Congresso alterou a MP (medida provisória) das Esplanadas, que estrutura os ministérios de Lula. A pasta de Marina foi uma das mais prejudicadas, com a perda de áreas estratégicas para o governo. O novo texto retirou do Meio Ambiente a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e o CAR (Cadastro Ambiental Rural).
Segundo Marina, seu ministério foi desmontado porque uma parte dos congressistas “acha que não tem problema de mudança climática e de desmatamento”, enquanto outra “acha que o ministério tem uma agenda de fomento”.
“A frente ampla que a gente articulou para proteger a democracia e não inviabilizar o Brasil foi altamente necessária, mas essa composição nem sempre caminha unida”, disse a ministra em entrevista ao Globo, publicada nesta 6ª feira (14.jul.2023).
Marina afirmou que o governo tem o apoio de cerca de 150 deputados para temas como meio ambiente, direitos humanos, direitos dos indígenas e das mulheres e políticas de juventude e de cultura.
“O ministro [das Relações Institucionais, Alexandre] Padilha pode ficar rouco de tanto falar da importância desses temas, mas aí são outros aspectos de escolhas. Numa frente ampla, você não obriga que as pessoas sejam seguidoras. Não vejo no sentido de ceder. Eu simplesmente não tive, no caso, força política e voto suficiente”, avaliou.
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