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Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Política

Presidente Lula cancela agenda pública e pode definir reforma ministerial

Presidente Lula cancela agenda pública e pode definir reforma ministerial

(Imagem: Adriano Machado/Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou a previsão de visita à sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nesta quarta-feira (6). Segundo o Planalto, Lula manterá agenda de reuniões no Palácio da Alvorada, residência oficial em Brasília.

O presidente deve aproveitar as próximas horas para se reunir com líderes partidários e tentar destravar a reforma ministerial, prometida há meses para incorporar o PP e o Republicanos à Esplanada dos Ministérios e ampliar a base de apoio do governo no Congresso.

No fim da manhã, o g1 e a TV Globo apuraram que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, estava com Lula no Alvorada para tratar do tema.

O redesenho da Esplanada dos Ministérios deve afetar principalmente três partidos:

  • PSB: o partido do presidente Geraldo Alckmin (PSB) pode perder espaço para que o governo consiga incluir o Centrão na Esplanada;
  • PP: tenta conseguir o controle da Caixa Econômica e do Ministério do Esporte – pasta que o partido quer ver turbinada e com mais dinheiro;
  • Republicanos: o partido pode ficar com o Ministério de Portos e Aeroportos, hoje nas mãos do PSB, e tenta também o comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
 

O redesenho ainda não está fechado, e a TV Globo apurou que dirigentes do PSB estão particularmente insatisfeitos com as mudanças.

Alguns chegaram a falar em deixar a base do governo Lula, o que dificilmente aconteceria dado o espaço atual do partido no Executivo.

Se o martelo for batido com relação ao plano atual, Lula conseguirá concluir a reforma ministerial sem mexer em pastas importantes como Saúde, Educação e Desenvolvimento Social – que, nos últimos meses, chegaram a figurar nas bancas de apostas.

Lula tenta destravar o tema ainda nesta quarta porque, na quinta (7), participa do desfile de 7 de Setembro e viaja em seguida para a Índia, onde participa de reunião do G20.

O presidente tem ainda uma viagem para Nova York este mês, para a Assembleia-Geral da ONU, e nomes a indicar para a procuradoria-geral da República e o Supremo Tribunal Federal. Tudo isso, teoricamente, antes do fim do mês, quando passará por cirurgia no quadril.

As mudanças em andamento

 

A TV Globo apurou que, até aqui, as mudanças devem ser as seguintes:

  • Ministério de Portos e Aeroportos: sai Márcio França (PSB), entra Sílvio Costa Filho (Republicanos);
  • Ministério de Micro e Pequena Empresa: pode ser criado para abrigar Márcio França (PSB);
  • Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços: segue comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), mas sem as áreas de micro e pequena empresa;
  • Ministério do Esporte: sai Ana Moser (sem partido), entra André Fufuca (PP-MA) em uma versão turbinada do ministério (veja abaixo);
  • Caixa Econômica Federal: sai Maria Rita Serrano, ligada ao PT, entra um nome do PP ainda não definido;
  • Fundação Nacional de Saúde (Funasa): sai o presidente interino e servidor de carreira Alexandre Motta, entra um nome do Republicanos ainda não definido.

As negociações para uma reforma ministerial que atraia votos do Centrão no Congresso se estendem desde junho. Até agora, apenas uma troca foi oficializada, no Ministério do Turismo.

*G1