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Quinta-Feira, 18 de dezembro de 2025

Política

Presidente Lula nega acordo com Congresso e diz que vai vetar PL da Dosimetria

Texto foi aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (17) e segue para sanção presidencial. 'Na hora que chegar na minha mesa, eu vetarei', afirmou o presidente durante entrevista.

Presidente Lula nega acordo com Congresso e diz que vai vetar PL da Dosimetria

(Imagem: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (18) que vai vetar o projeto que reduz as penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros condenados por atos golpistas, o chamado PL da Dosimetria.

Lula deu a declaração durante um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

"Se houve acordo com governo, eu não fui informado. Então, se o presidente não foi informado, não houve acordo. Tenho dito que as pessoas que cometeram crime contra a democracia brasileira terão que pagar contra os atos cometidos contra esse país. Nem terminou o julgamento ainda e já resolvem diminuir a pena. Com todo respeito que tenho ao Congresso, na hora que chegar na minha mesa, eu vetarei", afirmou o petista.
 

O projeto da dosimetria foi aprovado na noite desta quarta-feira (17) pelo plenário do Senado com 48 votos favoráveis, 25 contrários e uma abstenção.

Nos bastidores, circulou a informação de que o líder do PT no Senado, Jaques Wagner (BA), em troca da votação de projetos econômicos de interesse do governo, teria decidido não obstruir a análise do PL da Dosimetria.

Jaques Wagner negou que tenha feito acordo sobre essa votação. Nesta quinta, Lula reiterou que o governo não fez acordo sobre o tema.

O presidente terá 15 dias úteis a partir do momento em que o Planalto receber o projeto para decidir sobre a sanção ou veto. Se o presidente vetar, o tema volta a ser apreciado pelo Congresso.

 Deputados e senadores vão decidir se mantêm ou derrubam o veto. Para derrubar, precisam do apoio de 257 deputados e 41 senadores. Se o veto for derrubado, a proposta se torna lei.

O texto pode viabilizar a redução da punição aplicada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros réus pela tentativa de golpe, e pelas invasões às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

Em paralelo, a proposta já é alvo de uma ação de parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF) para parar a tramitação do texto no Congresso. Além disso, mesmo se virar lei, o texto pode ter a validade questionada no Supremo.

*G1