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Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Política

Relator do PL do Desenrola, Rodrigo Cunha se reúne com presidente do BC

Relator do PL do Desenrola, Rodrigo Cunha se reúne com presidente do BC

(Imagem: Assessoria )

O senador Rodrigo Cunha (PODEMOS/AL) se reuniu com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na pauta do encontro, a relatoria no Senado do Projeto de Lei (PL) que disciplina as regras do Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas, e que prevê regras e limites para os juros do rotativo do cartão de crédito. Rodrigo Cunha é o relator da proposta, uma das mais importantes do país no combate ao superendividamento da população e que já está em discussão na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

“O PL do Desenrola Brasil aborda questões extremamente sensíveis a todos os brasileiros e estamos tratando este assunto com muita responsabilidade. Hoje, neste encontro com Campos Neto, além de me colocar à disposição para contribuir com a construção de uma proposta harmônica junto a todos os envolvidos, também solicitei informações para entendermos com maior clareza todos os processos, de forma a evitar ruídos e especialmente fazer o que queremos fazer: defender o cidadão e um sistema de cobrança marcado por justiça para com os brasileiros. E o presidente do Banco Central se colocou à disposição para colaborar nesta tarefa cidadã”, destacou Rodrigo Cunha.

“Por exemplo, o que o ocorre hoje no Brasil no que diz respeito ao rotativo do cartão de crédito é um completo absurdo. Nesta modalidade de crédito, os juros chegam a ser de mais de 440% ao ano. Impor ao consumidor uma taxa de 440% de juros no rotativo do cartão de crédito é um abuso. Em nossa relatoria vamos combater esta falta de respeito. E mais: vamos lutar para que a prática do parcelamento sem juros não seja alterada, nem extinta. Precisamos ampliar o debate em defesa da sociedade e ouvir os segmentos envolvidos no tema. Por isso solicitei esta reunião com o presidente do Banco Central, que gentilmente nos recebeu e abriu um canal importante de diálogo em prol de uma legislação justa e cidadã sobre esta questão”, afirmou o senador.

Outro ponto levado por Cunha ao Roberto Campos Neto foi a necessidade de se discutir a fundo a criação da Lei do Programa Desenrola Brasil. Porém, materializando uma legislação que garanta de forma concreta a renegociação de dívidas, e não que crie obstáculos para os beneficiários do Programa, surgido inicialmente por meio de uma Medida Provisória (MP). Segundo o Projeto aprovado na Câmara – e agora em análise no Senado com relatoria de Rodrigo Cunha – o Desenrola Brasil terá por fim incentivar a renegociação, com garantia do governo federal, de dívidas somadas até o valor de R$ 5 mil por pessoa inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) ou por quem tenha renda mensal igual ou inferior a dois salários-mínimos (R$ 2.640,00).

“Esta questão do Desenrola precisa ser aprimorada. Para se ter uma idéia, o PL que veio da Câmara aponta para um cenário que os devedores inscritos somente saberão se sua dívida poderá ser negociada após um tipo de ‘leilão’ entre os credores, com a oferta de descontos. A intenção parece e pode até ser boa, mas por outro lado pode limitar o acesso ao Desenrola, já que devedores de credores não vencedores do ‘leilão’ não teriam a mesma condição vantajosa de renegociar e pagar seus débitos”, reiterou Rodrigo. “O Banco Central se colocou ao dispor para oferecer informações preciosas, e que em muito ajudarão em nosso relatório”, concluiu.

*Assessoria