Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024
Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024
Durante a visita dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem em Maceió, realizada nesta quarta-feira (8), o senador Rodrigo Cunha (Podemos) disse que “todos os senadores da CPI que estiveram na capital de Alagoas nesta quarta ficaram aterrorizados com cenário de destruição causado pela Braskem”. Ainda de acordo com Cunha, “além de reparar o dano financeiro e emocional dos moradores vitimados por este crime ambiental, a meta da CPI é fazer justiça e punir exemplarmente quem foi o responsável por este dano nossa Maceió”.
Ao lado de Cunha, o presidente da CPI Omar Aziz (PSD/AM), o relator da Comissão Rogério Carvalho (PT/SE) e o senador Dr Hiran (PP/AM) visitaram os bairros afetados e realizaram reunião com membros do Ministério Público Federal e Defensoria Pública. A CPI também realizou um encontro com os representantes dos moradores do Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto, Mutange e dos Flexais. Os membros da Comissão colheram suas impressões sobre o impacto do dano causado à cidade e anunciaram que a CPI deve ser concluída em 22 de maio.
O presidente da CPI Omar Aziz demonstrou solidariedade às famílias afetadas e disse que será preciso rever os processos de reparação firmados com as famílias. "Primeiro a nossa solidariedade às pessoas que tiveram de sair do seu habitat. Tivemos muitos depoimentos que nos entristeceram bastante. Uma situação dessas pessoas que saíram é de indenizações por danos morais, temos que rever essas questões. A segunda questão é que a propriedade dessas terras, que é do município de Maceió", disse Aziz.
Já o relator CPI, senador Rogério Carvalho, afirmou que o relatório final do colegiado vai recomendar a retirada dos moradores dos Flexais, que vivem em situação de isolamento após a demolição dos imóveis e evacuação dos habitantes de bairros vizinhos. O relatório considera as famílias dos Flexais vítimas diretas da tragédia provocada pela mineração irregular da Braskem, que destruiu cinco bairros em Maceió e desequilibrou a vida de mais de 60 mil pessoas na região, entre habitantes e empresários.
*Assessoria