Se Cid for reconvocado à CPI ficará em silêncio, diz advogado

O novo advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, disse neste domingo (20.ago.2023) que se o ex-ajudante de ordens for convocado novamente para CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do 8 de Janeiro ele permanecerá em silêncio. Em 11 de julho, Cid foi à comissão e não respondeu nenhuma pergunta dos congressistas.

“[Se convocarem o Cid] é só para exposição. Só para aparecerem. Porque ele vai fazer mesma coisa o que ele fez. Só um pouquinho diferente [ele deve responder] ‘qual seu nome’, ‘estado civil’, ‘onde nasceu'”, declarou Cezar Bitencourt ao Poder360.

Depois da divulgação de que Cid teria tentado negociar um relógio de luxo da marca Rolex em junho de 2022, governistas começaram a analisar uma reconvocação do ex-ajudante de ordens à CPI.

Bitencourt negou que tenha indicado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como culpado do caso de vendas joias no exterior. “Eu não tenho nenhum interesse e nem porque transportar a responsabilidade daqui pra lá”, declarou.

O advogado afirmou que os processos contra Cid tem cerca de 5.000 páginas e que está sendo analisada por ele. No entanto, Bitencourt disse não ter “pressa em ter que definir tudo agora”.

Ele também afastou a culpa de Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens. Disse que o general só emprestou a conta para que o filho depositasse o dinheiro.

“[Cid] sabe das suas responsabilidades. Sabe que tem coisa aí, mas ele tava envolvido nas circunstâncias ali e assume a responsabilidade”, declarou Cezar.

O advogado afirmou que na 2ª feira (21.ago) marcará uma audiência com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.