Sábado, 23 de novembro de 2024
Sábado, 23 de novembro de 2024
Eleitores voltam às urnas neste domingo para eleger em segundo turno os prefeitos de 51 cidades, sendo 15 capitais, com destaque para algumas disputas onde a votação decisiva colocará frente à frente candidatos apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O PL, partido do ex-presidente, terá representantes no segundo turno em nove capitais, enquanto o PT, de Lula, vai à rodada decisiva em quatro. Em duas delas, Cuiabá e Fortaleza, haverá confronto direto entre candidatos dos partido do atual e do ex-presidente, com as pesquisas apontando disputa apertada em ambas.
Além disso, o duelo entre Lula e Bolsonaro se dará também em capitais mesmo sem candidatos do PT ou do PL, como em São Paulo, onde o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro, enfrentará o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), apoiado entusiasticamente por Lula.
De acordo com as pesquisas, Nunes deverá vencer a disputa na maior cidade do país.
Lula, que colocou na capital paulista seu maior empenho na eleição municipal deste ano, foi forçado a desistir de seu último evento de campanha com Boulos, no sábado, após sofrer um acidente doméstico no final de semana passado — uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada.
Outra capital em que haverá duelo entre apoiados por Lula e Bolsonaro é Belo Horizonte, onde o bolsonarista de primeira hora Bruno Engler (PL), que venceu o primeiro turno, enfrentará o atual prefeito, Fuad Noman (PSD).
Pelo que sinalizam as pesquisas, Engler deve sofrer a virada de Noman, que passou a ter o apoio de Lula no segundo turno depois que o candidato petista, Rogerio Correia, foi derrotado no primeiro turno da disputa.
Em Porto Alegre, o candidato alinhado ao bolsonarismo Sebastião Melo (MDB) enfrentará como amplo favorito a candidata petista Maria do Rosário.
Entre as capitais onde haverá confronto direto PL versus PT, Fortaleza deve ter, segundo as sondagens de intenção de voto, uma disputa acirrada entre o bolsonarista André Fernandes e o petista Evandro Leitão.
Em Cuiabá, que também terá um duelo direto PL x PT, o candidato da legenda de Bolsonaro, Abílio Brunini, também aparece em uma disputa voto a voto com o petista Lúdio Cabral.
No primeiro turno, o partido de Bolsonaro elegeu 523 prefeitos, sendo dois deles em capitais — JHC, em Maceió, e Tião Bocalom, em Rio Branco –, ao passo que o PT fez 251 prefeituras, nenhuma em capitais.
No entanto, os partidos que compõem o chamado centrão foram os grande vencedores da primeira rodada de votação em 5 de outubro, o que os coloca, mais uma vez, em posição privilegiada para fazer uma grande bancada de deputados federais na eleição de 2026.
O PSD, de Gilberto Kassab, foi o que mais elegeu prefeitos, com 888, acabando com uma hegemonia histórica do MDB, que ficou em segundo, com 861. Em seguida vieram PP, com 752 prefeituras, e União Brasil, com 589. Somadas, essas quatro legendas controlam mais da metade dos mais de 5.500 municípios brasileiros.
*Reuters