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Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024

Política

Senado Federal adia votação de “taxa de blusinhas” para semana que vem

Senado Federal adia votação de “taxa de blusinhas” para semana que vem

(Imagem: Roque de Sá/Agência Senado )

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou para semana que vem a votação do projeto de lei que permitirá a taxação de 20% em produtos de compras internacionais de até U$ 50.

A proposta que ficou conhecida como “taxação das blusinhas” foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de terça (28), após dias de negociação com o Palácio do Planalto.

O adiamento preocupa o Palácio do Planalto, uma vez que a medida é um “jabuti” dentro do programa de incentivos à indústria automobilística, o “Mover”, que perde a validade na próxima sexta (31).

Nesta quarta (29), a sessão do Senado foi marcada por críticas dos parlamentares sobre a entrega de matérias da Câmara com prazos apertados, o que impede que senadores aprofundem discussões e que os textos passem por comissões.

Resistência na Câmara

A proposta enfrentou resistência entre os parlamentares. Isso porque o texto original, de autoria do governo, tratava apenas do programa nacional Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que prevê incentivos à indústria automotiva (leia sobre a iniciativa mais abaixo).

O relator do texto na Câmara, deputado Átila Lira (PP-PI), porém, incluiu um “jabuti” sobre a taxação na proposta do Executivo. “Jabuti” é o termo usado na política para nomear um dispositivo inserido em uma matéria que não tem relação direta com o tema principal do projeto.

Após negociações, a cúpula da Câmara fechou um acordo com o Planalto para prever que o projeto estabeleça uma alíquota de cobrança de 20% sobre itens importados até o valor de US$ 50.

Atualmente, importações de até US$ 50 são isentas de impostos. Somente compras internacionais de acima de US$ 50 têm taxação de 60% — o que deve continuar.

Programa Mover

O programa Mover foi criado pelo governo em dezembro passado, por meio de uma medida provisória. Por isso, a iniciativa vigora desde que foi instituída, mas as regras viram leis somente após aprovação do Congresso.

O projeto tem como objetivo apoiar:

  • o desenvolvimento tecnológico;
  • a competitividade global;
  • a descarbonização;
  • e a inovação de automóveis, caminhões e autopeças.

*CNN