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Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024

Política

'Turismo precisa ser respeitado como segmento estratégico na economia nacional', diz Rodrigo Cunha

'Turismo precisa ser respeitado como segmento estratégico na economia nacional', diz Rodrigo Cunha

(Imagem: Assessoria)

Aperfeiçoar o projeto de reforma tributária neste momento em que a matéria tramita no Senado Federal, melhorando a proposta rumo a uma legislação tributária que garanta geração de empregos, estímulo ao setor e desenvolvimento para o segmento do turismo. Em síntese, esta foi a pauta da reunião realizada entre o senador Rodrigo Cunha (Podemos) e a representantes do trade turístico nacional e internacional.

O encontro ocorreu no gabinete do senador, em Brasília. De acordo com Cunha, “as empresas que atuam no turismo representam uma gama de diversas atividades, que vão da hotelaria a meios de transporte aéreo, rodoviário e aquaviário, entre outras. Em 2022, foram movimentados R$ 208 bilhões neste segmento. E a reforma tributária precisa ficar mais clara, e mais tributariamente justa, para um conjunto de empresas que compõem um dos motores da área de serviços no Brasil. Por isso, vou lutar no Senado para que o turismo brasileiro seja respeitado como segmento estratégico na economia nacional”, frisou o senador.

Participaram da reunião membros da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) e da Cruise Lines International Association (CLIA), entidade global voltada ao comércio de linhas de cruzeiros marítimos. As entidades reiteraram a Rodrigo Cunha a necessidade de que o texto final da reforma a ser aprovado no Senado não aumente a carga tributária para o segmento turístico, fato que traria repercussões negativas para o setor e poderia impactar na redução de postos de trabalho, diminuição de competitividade ou pressão inflacionária interna e externa.

“Já assumi de público minha posição para com a tramitação da reforma, e esta posição é não votar e não aprovar nenhuma medida que signifique aumento de impostos para os cidadãos e para as empresas. Tenho compromisso com o segmento do turismo e vamos levar esta questão para as discussões. Do dono de hotel ao ambulante, passando pelos bares e restaurantes, pelas transportadoras aéreas ou rodoviárias de passageiros, ou ainda pelos motoristas de aplicativos, vamos trabalhar sempre por leis tributárias com justiça fiscal”, reiterou Cunha.

Em entrevista ao site Mercado e Eventos quando da aprovação da reforma na Câmara dos Deputados, o especialista em direito tributário Clairton Kubassewski afirmou que “ainda existem muitas incertezas sobre como ficará em definitivo a tributação do setor do turismo. Seja porque o texto final da PEC somente foi conhecido do grande público momentos antes da votação, seja porque muitas questões são delegadas para regulamentação em uma futura Lei Complementar”.

No geral, a reforma prevê a unificação dos tributos hoje incidentes sobre o consumo (IPI, PIS e COFINS, atualmente de competência da União; ICMS, de competência dos Estados; e ISS, de competência dos Municípios) em um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de caráter dual, composto pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS, de competência da União) e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS, de competência compartilhada entre Estados e Municípios).

*Assessoria