Domingo, 24 de novembro de 2024
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A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida ao bebê, ainda durante a gestação, causando problemas como má formação e até morte fetal. Para prevenir a sífilis congênita, a infectologista Sarah Dominique Dellabianca, que atua no Hospital da Mulher (HM), em Maceió, destaca a importância do acompanhamento pré-natal, uso de preservativos, testagem para detecção da doença e, em casos de infecção, o tratamento correto da mãe e do parceiro.
Em Alagoas, a contagem de casos da doença em crianças com menos de um ano em 2023 foi de 481 casos. Por isso, segundo Sarah Dominique Dellabianca, as gestantes devem realizar o pré-natal de forma adequada, porque podem ser portadoras da doença há bastante tempo e não terem sido diagnosticadas anteriormente.
“A sífilis é uma doença que pode durar décadas se não diagnosticada e tratada adequadamente. Quando a gestante adquire a bactéria e não faz exame, a infecção pode não ocasionar sintomas, o bebê pode se infectar, levar à má formação e às vezes ao desfecho de um óbito, que poderia ter sido evitado”, alertou a infectologista do Hospital da Mulher.
TRATAMENTO
Conforme explicou Sarah Dominique Dellabianca, o tratamento para sífilis e para a sífilis congênita é a administração da penicilina. No caso de mulheres que tenham alergia a este medicamento, a especialista esclarece que são encontradas outras opções terapêuticas.
“Às gestantes, aconselho que realizem o pré-natal adequado, submeta-se ao teste rápido de sífilis e das outras doenças infecciosas, que é disponibilizado nas UBSs [Unidades Básicas de Saúde]. E no caso de ser diagnosticada com a doença, faça o tratamento e previna a sífilis congênita no bebê, lembrando que também é importante tratar o seu parceiro. Utilize preservativo em toda relação sexual, não somente durante a gestação, mas ao longo da vida”, ressaltou a infectologista do Hospital da Mulher.
*Ascom Sesau