Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
A curiosidade infantil não conhece limites, especialmente nos primeiros anos de vida, onde o mundo é um convite à exploração. Entretanto, essa mesma curiosidade pode trazer riscos quando crianças pequenas têm acesso a objetos ou alimentos pequenos, como amendoim, pipoca e pistache. A médica Rita Silva, especialista em pneumologia infantil, alerta para os perigos que podem ir além de um simples engasgo.
A médica alerta que a aspiração de pequenos objetos pode levar a complicações respiratórias graves. Doenças como pneumonia, bronquiolite e asma podem ser exacerbadas ou desencadeadas pela aspiração de corpos estranhos, que, em casos extremos, podem até mesmo comprometer a oxigenação e levar a graves situações de emergência.
A pneumologista destaca que objetos comuns como moedas, miçangas, bolinhas de isopor e peças de brinquedos estão entre os itens mais engolidos por crianças. A médica adverte que, em caso de ingestão de objetos, a endoscopia digestiva alta pode ser necessária para a remoção, e sempre realizada sob anestesia geral com a criança em jejum.
Já a ingestão de alimentos pequenos como nozes e sementes representa outro tipo de ameaça. Segundo a pneumologista infantil, a técnica BLW (Baby-Led Weaning), que incentiva a autonomia dos bebês no processo de alimentação, exige uma avaliação cuidadosa da capacidade mastigatória da criança para prevenir riscos de engasgo e aspiração.
A recomendação é clara: alimentos redondos e duros devem ser cortados e preparados de forma adequada antes de serem oferecidos às crianças. A Academia Americana de Pediatria aconselha que os pedaços de comida não ultrapassem um centímetro para minimizar o risco de engasgos.
Diante desses riscos, a conscientização dos pais e cuidadores é essencial. A supervisão constante e a educação sobre os perigos de objetos e alimentos pequenos são medidas preventivas que podem salvar vidas. “A atenção a esses detalhes é um pequeno preço a pagar pela segurança dos nossos pequenos exploradores”, enfatizou Rita Silva, lembrando que já atendeu alguns casos de crianças que precisaram de acompanhamento após engasgos com objetos.
*Assessoria