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Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024

Saúde

Vacina contra HPV: ministério inclui usuários de medicamento anti-HIV

Vacina contra HPV: ministério inclui usuários de medicamento anti-HIV

(Imagem: Instituto Butantan/Divulgação)

O Ministério da Saúde decidiu ampliar nesta quarta-feira (04) o público da vacinação contra o HPV, ou Papilomavírus Humano - um vírus sexualmente transmissível.

Com a medida, usuários da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) entre 15 e 45 poderão tomar a vacina quadrivalente (HPV4), que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus.

A informação foi apurada pelo g1 e divulgada pela ministra Nísia Trindade nas redes sociais. Uma nota técnica com todas as diretrizes de imunização também foi publicada nesta quarta. Com isso, a recomendação já passa a valer, embora a pasta ainda esteja enviando ofícios para comunicar a mudança aos estados.

Segundo o ministério, a medida foi implementada porque usuários da PrEP apresentam risco aumentado de aquisição da infecção pelo HPV.

“Esse é um público do ponto de vista da possibilidade de adquirir o vírus pela via sexual, é um grupo que está em maior risco, então a possibilidade de ele ser vacinado foi discutida no nosso comitê técnico assessor de imunização, a nossa CETAI, que reúne pesquisadores, sociedades científicas do Brasil”, disse Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.
 

A vacina contra o HPV existe há 10 anos. Ela é distribuída de forma gratuita pelo SUS para os seguintes grupos:

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos
  • Pessoas de 9 a 45 anos em condições clínicas especiais, como as que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos (imunossuprimidos)
  • Vítimas de abuso sexual
  • Pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR)
 

A rede privada já tem disponível a vacina nonavalente, que protege contra mais cinco tipos de vírus: 31, 33, 45, 52 e 58.

Já a PrEP é uma das principais formas de prevenção do HIV. Comprimidos são tomados (PrEP diária e sob demanda) antes da relação sexual, o que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV.

O usuário da PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

"Importante lembrar que a vacina contra HPV e a PrEP não impedem a infecção, sobretudo por outras ISTs. Então não podemos nos descuidar no uso da camisinha", destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em uma postagem no X (antigo Twitter) nesta quarta.

*G1