Sábado, 23 de novembro de 2024
Sábado, 23 de novembro de 2024
O limite temporário do Twitter para a leitura de posts foi definido para lidar com "níveis extremos" de extração de dados, afirmou Elon Musk. O bilionário se referiu a robôs treinados com coleta de informações na internet, o que consome a capacidade dos sites. É o caso do ChatGPT, por exemplo.
Com a decisão, os usuários agora têm os seguintes limites:
Nos últimos meses, Musk tem aumentado as críticas contra as empresas que criam os robôs. Em dezembro, ele acusou a OpenAI, criadora do ChatGPT, de usar dados do Twitter para treinar seus modelos de inteligência artificial.
Em abril, ele também acusou a Microsoft, que fez um investimento bilionário na OpenAI, de desenvolver os seus robôs com uso ilegal de dados do Twitter: "Hora do processo", escreveu.
Na sexta-feira (30), Musk anunciou que o Twitter também limitaria a visualização de tuítes apenas para usuários logados. A medida seria uma forma de impedir a raspagem de dados que, segundo ele, estava sendo feita por centenas de organizações.
Elon Musk limita tweets — Foto: Reprodução
Cada acesso, seja de uma pessoa ou de um robô, exige que o site use a capacidade de servidores para exibir a página. No caso da raspagem de dados, esses acessos costumam ser feitos em uma escala muito maior, o que aumenta os custos das plataformas com infraestrutura.
"Da mesma forma que a internet é varrida pelos sites de busca como Google e Bing para indexar o conteúdo que encontra e nos permitir buscar por ele depois, robôs também percorrem o que publicamos nas redes sociais para fazer algo chamado de raspagem de dados" explicou Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks.
Musk também citou que o Twitter também está sofrendo com a "manipulação do sistema". Segundo Ayub, o bilionário pode ter se referido a casos de spam e de atividades inautênticas, como as que envolvem seguidores e curtidas falsas.
Ayub explicou ainda que, apesar de os robôs estarem ficando cada vez melhores, o Twitter poderia reforçar a proteção contra a raspagem não autorizada. "Seria viável e é o que a esmagadora maioria dos sistemas faz", afirmou o especialista.
Isso acontece, por exemplo, quando um site ou aplicativo pede para usuários digitarem as letras distorcidas em uma imagem, identificar um objeto entre vários ou mostrar seu rosto na câmera.
O Twitter não divulgou mudanças nesse sentido desde que o limite foi anunciado. Com isso, contas que quiserem ter direito a visualizar 6 mil tuítes por dia deverão ter o selo verificado por sua relevância ou assinar o Twitter Blue, versão paga da rede social que custa R$ 42 por mês.
*G1