Sábado, 23 de novembro de 2024
Sábado, 23 de novembro de 2024
Os primeiros testes de campanha de voo também devem ocorrer ainda este ano na cidade de Gavião Peixoto, a 330 km da capital paulista.
Os detalhes foram confirmados ao g1 por Daniel Moczydlower, presidente da Embraer-X, área de inovação da Embraer, durante o Web Summit Rio 2024.
A aeronave, conhecida oficialmente como eVTOL (ou "veículo elétrico de pouso de decolagem vertical"), ainda não tem nome oficial, mas é chamada internamente de Eve 01, segundo Moczydlower.
O protótipo em escala real é conhecido como 1:1 (ou "um para um") , porque a medida do modelo de teste é igual à do objeto real. Em protótipos 1:3, por exemplo, cada unidade do modelo de teste equivale a três unidades da medida do objeto real.
Imagem de conceito do 'carro voador' da Eve, subsidiária da Embraer — Foto: Divulgação/Embraer
A companhia brasileira já recebeu quase 3 mil encomendas de seu eVTOL. Na última quarta (17), ela recebeu outro pedido para entregar até 50 "carros voadores" para uma empresa do Japão.
No Brasil, a previsão da Eve é que a aeronave comece a voar em São Paulo a partir de 2026. Uma das empresas que vai operar voos comerciais na capital paulista é a Voar Aviation, que comprou 70 eVTOLs da Eve.
Daniel Moczydlower, diretor global de ecossistemas de inovação da Embraer e CEO da Embraer-X — Foto: Divulgação/Embraer
Apesar de este setor esbarrar em vários desafios, como regulamentação, infraestrutura, treinamento de pilotos, entre outros, Daniel Moczydlower acredita que o Brasil pode se sobressair no universo dos "carros voadores".
Esse foi um dos temas abordados por ele no painel "O Brasil vencerá a corrida do táxi aéreo?", durante o Web Summit Rio 2024.
"A gente não saiu primeiro. Alguns países começaram antes do Brasil na corrida dos eVTOLs, mas eu ainda acho que com a combinação da Eve apoiada pela Embraer, que tem mais de 50 anos de experiência, e a competência técnica da Anac, o Brasil tem boas chances nessa corrida", diz o executivo.
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Segundo ele, a grande vantagem competitiva da Eve é a possibilidade de usar a infraestrutura da Embraer para acelerar os testes, economizando tempo e dinheiro.
"Nós já temos o maior centro de ensaio de voo do hemisfério Sul, em Gavião Peixoto. Não será preciso construir outro e a Eve já pode usar essa estrutura" completa.
Em março, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu consulta setorial para apresentação de sugestões e ideias que podem integrar a certificação e regulação dos eVTOLs no Brasil.
Ao g1, o órgão disse que as "contribuições recebidas estão atualmente em fase de análise e podem ser consultadas neste link". Segundo eles, por enquanto, não há um cronograma pré-definido dos próximos passos.
As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico — Foto: Daniel Ivanaskas/Arte g1
*G1